sábado, 20 de novembro de 2010

A interessante cultura japonesa II

Saiu ontem na internet uma notícia um tanto quanto curiosa. Um chihuahua será o novo cão policial nas operações de resgate em caso soterramento provocado por terremotos no Japão.

O nome do cachorro é Momo que significa pêssego. Quem não conhece as histórias infantis japonesas poderia achar que não faz nenhum sentido esse nome. O fato é que momo remete a história de Momotaro que é uma das histórias mais famosas da literatura infantil japonesa.

Nessa história, um casal vivia numa aldeia muito tristes e solitários porque eles não tiveram filhos. Certo dia, a esposa foi lavar as roupas sujas na beira do rio e ela viu um grande pêssego flutuando no rio que chamou muita atenção. A esposa pegou o pêssego enorme e levou para dividir com o marido no jantar.

Quando o marido estava prestes a cortar o pêssego, sai uma voz humana de dentro do pêssego pedindo para não cortar o pêssego. Nesse momento sai de dentro do pêssego um lindo menino. O menino pede para que o casal não tenha medo porque ele tinha sido enviado por Deus para ser filho do casal e trazer alegria.

O casal deu ao menino o nome de Momotaro que significa o menino do pêssego. Quando Momotaro completou 15 anos, ele decidiu que precisava ajudar seu povo contra os ogros que era povos perversos e faziam muita maldade e roubavam as riquezas onde ele vivia. Momotaro foi até a ilha dos ogros e recebeu ajuda de um cachorro, um macaco e um faisão. O detalhe é que esses três bichos que antes vivam brigando tiveram que fazer as pazes para ajudar o Momotauro na luta contra os ogros e recuperar o tesouro de seu povo.

Eles conseguem recuperar todo o tesouro roubado pelos ogros e começam a viajar por todo o Japão devolvendo a riqueza para todo seu povo. Momotaro volta para casa e vive feliz para sempre junto com sua família!

Não é lindíssima essa história? No caso do cachorrinho chihuahua eu chamaria de Momoinu, o cachorro que sai de dentro do pêssego para ajudar a encontrar vítimas do terremoto com toda sua coragem e inteligência.

Foram 70 cachorros disputando a vaga e várias provas, uma delas foi achar uma pessoa em 5 minutos após cheirar um boné. Normalmente para esse tipo de resgate, os pastores alemães são os que costumam fazer esse tipo de trabalho. Eu já tive um pastor alemão que se chamava lobo...hehe mas eu tinha muito medo do meu cachorro. Agora eu quero ter um chuhuahua...hehehe Enfim, a vantagem do cachorro pequeno é poder entrar mais facilmente em espaços apertados, coisa que um cachorro grande não conseguiria.

Viva a interessante cultura japonesa que não valoriza o mais forte e o maior e sim o mais eficiente e inteligente! Tamanho definitivamente não é documento na cultura japonesa!

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