sábado, 25 de janeiro de 2014

Nepal, a meca do trekking e reflexões sobre felicidade!

Já escrevi sobre a Etiópia e a Índia no blog e estava faltando escrever sobre o Nepal! Incluir o Nepal nessas férias foi uma das melhores coisas que já planejei. Confesso que fui super influenciada a conhecer esse país por 2 médicos do Rio de Janeiro numa janta em Bangkok há 2 anos atrás. Eles me contaram das trilhas que eles fizeram lá e adoraram o país.  Fiquei completamente encantada e tinha colocado que em algum momento iria visitar esse país. Lendo também o blog viagem a fora sobre a Índia eles recomendavam incluir o Nepal. Esse combinado Índia e Nepal está altamente recomendado por essa blogueira e apaixonada por lugares! Também tive uma influência enorme e uma aula de Nepal com uma querida amiga que viajou com o marido para fazer a trilha do Anapurna para os lados de Pokara nos anos 90 quando não tinha essa facilidade da internet.  Lembrei também que o economista Jim O'Neill já passou férias alí e gostei do relato dele também. Todas essa pessoas me influenciaram positivamente para querer conhecer o Nepal!
 
O Nepal é a meca dos viajantes aventureiros e amantes de trekkings, fato incontestável! Já é um dos meus países favoritos! Apesar de não ter tido tempo suficiente para fazer uma trilha eu obtive muitas informações interessantíssimas sobre as diversas trilhas possíveis de se fazer para qualquer quantidade de dias. Comprei um livro guia com 25 trilhas todas bem detalhadas e tenho ficado hipnotizada lendo esse livro, meus companheiros de viagem falaram que é uma ótima forma de eu não entrar em lojas! "bota um guia na mão da Iara"....rsrsrs por que será? Adoro guias e trouxe uma porção de materiais desses lados. Aliás os amigos vem trazendo materiais de vários lugares do mundo pra mim, fico tão contente! Suriname, Guiana, Nova Zelândia, Austrália, Bali...adoro! É bom ter amigos que viajam bastante também!

Nessa foto, assim como na Índia as comidas de rua são SEMPRE entregues numa folha de jornal, eles desconhecem guardanapo. Eu morria de rir vendo eles entregarem o salgado no jornal, é a coisa mais normal do mundo...pra eles! rsrsrs Se vocês repararem bem tem uma notinha em nepalês falando do Neymar. Salgado de rua embrulhado no jornal com um toque brasileiro da fotinho do Neymar foi sensacional!
 
Apesar de não ter tido tempo para fazer uma trilha, uma opção que eu sabia que existia era fazer um passeio de avião para ver o Everest, foto ao lado, até porque eu só tinha 3 dias nesse país. A princípio pode parecer que não tem a menor graça ver o Everest do avião,  que talvez fosse mais interessante fazer a trilha até o campo base do Everest como muitos fazem, claro que haja condicionamento físico também!

Essas coisas mais roots eu deixo para minha amiga Andreia....rsrsrs brincadeirinha rsrsrs Mas depois de ter visto as Cataratas de helicóptero no começo das férias eu tinha certeza que não ia ser bobeira ver o Everest de avião e super recomendo para quem tiver poucos dias em Kathmandu. Muitos já brincaram que comecei as férias nas Cataratas e terminei no Everest...pior que foi isso mesmo e ainda teve de brinde a Etiópia! Eu não tinha planejado os três...foi acontecendo! Claro que eu adorei tudo isso ter acontecido!

Nosso grupo no avião da buddha air!

O dono de uma agência de viagens e de um hotel no Nepal, que agora é meu contato para uma próxima ida e até mesmo para indicar a quem estiver interessado, foi sensacional, me explicou tudo! Nepal, Tibete e Butão sem mistérios agora. Combinar o Nepal com um desses outros países também vale super a pena. Com certeza eu me animei muito com uma futura volta e estou bem amparada para futuros planejamentos para esses lados.

Sobrevoar o Everest e ver toda aquela cadeia de montanhas do Himalaia é sensacional, o avião vai a 40 mil pés (12 Km do chão aproximadamente) e ficamos quase na altura das montanhas. No avião da empresa chamada Buddha Air o serviço é sensacional, todos tem a chance de ir até a cabine para conversar com os pilotos que nos mostram exatamente onde está o Everest e outros picos. Antes ainda, recebemos um folder com os nomes de todos os picos que sobrevoamos. Avistar o Everest foi uma das melhores sensações que já tive na minha vida, será inesquecível ainda mais para quem ensina Geografia. O passeio todo dura 1 hora e todos saem do avião extasiados de alegria. Para completar o passeio, assim que desembarcamos do avião ganhamos um certificado que vimos o Everest, nem acreditei, ainda posso provar para meus alunos...rsrsrs! Posso dizer que vi o Everest bem pertinho e ainda tenho um certificado, foto abaixo....hahahaha Enfim, foi tudo absolutamente perfeito.


A cidade de Kathmandu é muito bacana, sentimos uma atmosfera mais serena que na Índia, além de ter muitos monges por todos os lados. Uma coisa que achei engraçado é que o país faz racionamento de energia, esta que é adquirida da Índia.

Como o país não tem dinheiro o suficiente para comprar a energia para 24 horas do dia, eles fazem racionamento e em muitos lugares encontramos velas no banheiro. Há lâmpadas que são movidas por gerador  nos quartos, mas no banheiro do nosso hotel não tinha luz e tudo bem. Pode ser o mais chic dos hotéis ou nos restaurante, isso é normal também. Muitos restaurantes são a luz de velas, um rústico-romântico, adorei!

A energia só funcionava das 23h até às 5h da manhã e depois desligava! Nas ruas pela manhã bem cedinho é uma escuridão só, mas as pessoas andam tranquilamente e os faróis do carro fazem a iluminação das ruas. Achei interessantíssimo isso mas ainda estou intrigada de como ele lidam bem sem energia elétrica full time! Talvez porque não precise mesmo, só em setores mais específicos. Basta um gerador tudo bem....na Amazônia também é assim , tudo funciona por gerador.
 
Os mercados  e as lojas no Nepal são maravilhosos, tudo para o trekking tem em Kathmandu e os preços são absurdamente em conta. Ficamos horas nos mercados passeando! Eu nunca vi em nenhum outro lugar do mundo artigos para o trekking com preços tão baratos como lá. Eu comprei vários artigos para meus trekkings e se tivesse mais dias compraria mais....hehehe Meus trekkings no Brasil que me aguardem, tudo novinho! Esse ano farei mais trekkings que o ano passado, esse é o plano para 2014! Leia bem essa frase Fernanda....rsrsrs
 
A atmosfera do trekking, as pessoas de vários lugares do mundo, aqueles mapas com milhares de rotas de trilhas, aquelas montanhas que tiram o fôlego só de olhar, os monges budistas com suas canções, os restaurantes top of the roof como na foto , a simplicidade e a simpatia dos nepaleses me fizeram colocar o Nepal entre os países que com certeza voltarei. O Nepal será especial também porque é meu país número 25....rsrsrs Muitos me perguntam se eu quero conhecer o mundo todo e eu sempre digo que não. Nunca tive essa pretensão, mas a certeza é que eu aprendi muito com todos esses países.
 
É difícil explicar o que causa dentro de mim conhecer tantos lugares. Deve ser uma energia, uma força motora que sempre impulsiona a querer conhecer cada vez mais lugares e também pessoas. Essas pessoas locais que vivem de maneira muito simples mexem comigo e vejo que eles são felizes sim, do jeito deles  e com o que eles tem.  Acredito que uma viagem deve te tornar uma pessoa melhor em vários aspectos, principalmente no quesito "ser mais humano".  Esse "ser mais humano" acaba mudando meu ponto de vista sob muitos aspectos e vejo como tem gente mesquinha que temos que lidar. Todo esse aprendizado me faz cada dia mais uma pessoa um pouco melhor e me faz perdoar e  respeitar cada vez mais as pessoas e sua individualidade que não tem nenhuma relação com individualismo. Ninguém muda ninguém, cada um é do jeito que é e isso precisa ser respeitado. Eu busco sempre ser uma pessoa melhor, mesmo com muitos defeitos (mas muitos defeitos mesmo...rsrsrs), vou consertando cada um deles pouco a pouco ao longo da vida e me tornando cada vez melhor. Além disso, chego a conclusão de que para ser feliz não podemos ter medo do novo, de errar, de querer, de aprender, de sonhar...tudo na vida é válido quando você se propõe a encontrar a felicidade! Mesmo que você erre, porque errar um dos caminhos para encontrar a felicidade.

Uma linda paisagem, um sorriso sincero, um aceno de mão, as pessoas que pedem para tirar foto com você porque te acha diferente, um beijo jogado para você de uma menininha nepalesa (foto), uma criança indiana que corre para te abraçar e brincar com seu rosto sem nem te conhecer  e muitos mais exemplos me tornam a pessoa mais especial e feliz do mundo. Entendo que a felicidade não está necessariamente nesses lugares mas sim em como eu me permito que essas situações se internalizam dentro de mim e me fazem respeitar e perdoar cada vez mais as pessoas que passarem pelo meu caminho.

Uma pessoa pode viajar para vários lugares e não se sentir feliz. Ou então uma pessoa pode conhecer lugares e se sentir feliz no momento e quando volta continua sendo a mesma pessoa mesquinha e egoísta. Eu acredito que a viagem deve entrar em você como uma nova fonte de energia que muda tudo internamente e nem sempre as pessoas vão entender porque você tem determinada atitude. Flexível é algo difícil de ser, mas quando erramos  o caminho,  enfrentamos contratempos, trombamos com gente simpática, gente grossa, encontrar lugar sujo ou limpo, tudo isso a gente tem que saber lidar, temos que ser flexíveis e ponderar bastante tudo isso e transpor  tudo isso para nossa vida diária também. Saber lidar com situações e pessoas diversas não é tarefa fácil, e só quando me conheço mais é que começo a entender mais o outro. Para completar o que tenho aprendido com a meditação, a felicidade está em mim mesma e só depende de como eu enxergo e lido com determinadas situações e a  meditação é um caminho para encontrar o equilíbrio de tudo isso e então a felicidade!

É isso...eu gosto de escrever um pouco, vocês já devem ter percebido...rsrsrs Fica aqui meu carinho  e algumas fotos desse incrível país chamado Nepal!

 
 
 
Ainda tem alguns posts para escrever, mas agora vai demorar um pouco mais para eu postar aqui. É hora de voltar ao trabalho e focar objetivamente nisso. Até os próximos posts!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O uso do piercing pelas mulheres indianas!

Nessa minha viagem para a Índia eu observei muitas mulheres com piercing, desde crianças até senhoras de muita idade e fui percebendo que é muito normal e típico as mulheres usarem piercing na Índia. Toda hora eu comentava com a Doris e falava, nossa, olha aquela, olha outra....acho que de umas 10 mulheres que via na rua, umas 7 usavam piercing.  Olha essa senhora com o piercing na foto ao lado e abaixo. Essa foto é do Nepal e lá é muito comum as mulheres usarem o piercing também!
 
Eu fui pesquisar o significado do uso do piercing na Índia e descobri muitas coisas interessantes que vou resumir aqui. O hábito de perfurar o nariz com o piercing existe desde os princípios do hinduísmo há mais de 2.000 anos Parece que começou no Oriente Médio e chegou na Índia depois. Vi também mulheres muçulmanas com piercing em Mumbai...fiquei admirada! Antigamente só as mulheres das castas mais elevadas podiam usar como adorno, depois foi permitido em qualquer casta e não tem restrição de idade.
 
Uma outra coisa que eu havia reparado é que o piercing sempre estava do lado esquerdo. Em Udaipur conversando com uma família de artesãos  mais simpática do mundo, minhas dúvidas foram tiradas. Uma menina com um piercing e sua mãe me explicaram que o lado certo para a mulher colocar o piercing é o lado esquerdo do nariz porque é o lado da mulher, o lado da feminilidade. Aprendi também que elas usam em homenagem a deusa Lakshimi e em muitos casamentos indianos dependendo da região da Índia as mulheres colocam o piercing e de diferentes tamanhos e formas. Lembrando que Lakshimi é a deusa do amor, da beleza, da sorte e da riqueza. O piercing está muito associado a essa deusa!
 
Pesquisando mais descobri que na medicina ayurveda o furo do lado esquerdo está associado aos órgãos reprodutivos femininos e pode ajudar a diminuir a cólica menstrual e tornar o parto mais fácil.  Eu queria mesmo que diminuísse minha enxaqueca...hehehe
 
Eu não resisti a essa cultura e em Udaipur eu coloquei um piercing também. Quando eu encontrei essa família que me explicou que era tranquilo colocar que não ia doer eu combinei que no dia seguinte eu voltaria na loja-casa deles e colocaria meu piercing. Precisei de 24 horas para refletir sobre a ideia e criar coragem, mas já tinha muito claro que ia colocar o piercing.
 
No dia seguinte lá estava eu com a simpática família e me preparando para a colocação do piercing. Essa família foi muito especial, no serviram chai, nam preparado com ervas e feito por eles mesmos, uma simplicidade e simpatia sem igual que já vi na minha vida. O sr Sanjay Verma rapidamente colocou o piercing no meu nariz, confesso que doeu um pouquinho, até saíram lágrimas do lado esquerdo do olho mas fiquei contente com o meu novo adorno a moda indiana. Me senti mais próxima da cultura com o piercing. Achei que minha mãe ia brigar comigo, mas até ela que é super conservadora falou que ficou muito bonitinho meu piercing! rsrsrs
 
Essa foto foi do momento do furo....tive que fechar os olhos...rsrs
 O resultado!
Iara na versão Índia 2014, a henna também foi feita pela família, haviam muitas opções de desenhos e essas pinturas são muito usadas pelas indianas seja para ir a uma festa, uma noiva também pinta todo o braço com esses desenhos indianos lindos. Pena que assim que cheguei ao Brasil a pintura desapareceu...rsrsrs Se eu morasse na Índia eu ia viver com um desenho diferente por semana....hehehe Adorei!
 
Aliás eu super recomendo conhecer a família do sr. Sanjay Verma (nome do facebook também)para quem for em Udaipur e quiser conhecer e comprar os seus produtos. Os preços além de serem o preço real mesmo são feito por todos da família, isso é sensacional. A loja fica em baixo e a família vive na parte de cima. Todos os produtos da loja são bem feitos e eles são muito criativos, me senti tão a vontade que parecia que eu já era de casa. Eles nos ofereceram chai, pão artesanal, fomos muito bem recebidos. Na Índia faz parte da tradição receber bem as pessoas oferecendo algo para beber e comer, não se pode recusar de jeito nenhum, seria uma ofensa enorme. Eu que estava evitando comidas apimentadas tive que abstrair isso e comi um pão bem saboroso e bastante condimentado. Não podia fazer desfeita com essa simpática família!
 
Fomos convidadas a ficarem na casa deles numa próxima vinda, olha que máximo! Como não sei se um dia vou voltar, eu vou deixar o endereço deles aqui para que os brasileiros que estiverem por lá visitem a loja dessa família super simpática.
 
Renu Sanjay Verma é o proprietário e chefe da família- Ear piercing done here; Manufactures Silver Gold Jewellery fica na Battiyani Chohatta, Opp Hotel Kiran Palace, Udaipur - Rajastão.
Eles também oferecem aulas de pintura com hena e aulas de culinária indiana.
Telefone Mob 08107419940 ou 08107341635

Até o próximo post!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Índia: Deserto de Thar

Depois de Bikaner seguimos rumo a um vilarejo próximo  de Jasailmer onde fica o deserto de Thar ou também conhecido como grande deserto indiano. É uma aventura percorrer as estradas indianas e o tempo todo tem animais no meio da pista como na foto ao lado. Vaca e boi foi o animal que mais vimos por aqui, de acordo com minha estatística, todos os dias vimos pelo menos uma vaca ou um boi passando. Esses animais são encontrados em todas as cidades e nos pontos turísticos. No começo eu tirava tanta foto, depois fui me acostumando. Cheguei a pensar que vou sentir falta de ver uma vaquinha passando quando eu estiver em São Paulo...rsrsrs
 
Nessa região avistamos um grande parque eólico de onde vem a energia para as várias cidades do Rajastão, mas não são todas as casas que tem energia elétrica. Uma outra coisa que virou rotina no nosso tour é ver no início da noite as pessoas fazendo fogueira na frente de casa para se aquecerem. Depois também após minha estatística, vimos fogueira todos os dias, inclusive aqui em Mumbai. Nessa região nesta época do ano não costumava ser tão frio, mas a frente fria do Himalaia estava todos os dias dando o ar da graça, durante o dia estava bem agradável mas à noite fazia muito frio. Vale dizer que estávamos muito perto do Paquistão, uns 50 Km da fronteira e a 70 Km da megacidade Karachi...Infelizmente não será possível conhecer todas as megacidades, não se pode querer tudo....hehehe

Na foto eu gostei muito de ver aquelas mulheres muito simples usando suas tradicionais roupas indianas coloridas e muitas mulheres cheias de pulseiras, brincos e colares. Em muitos lugares na estrada as crianças davam tchau, nos observavam, era bem legal isso. Outra coisa, almoçamos todos os dias nos restaurante beira de estrada e todos foram muito bons e limpos, mas até para ir ao banheiro temos que dar gorjeta. No começo não incomodava mas depois de um tempo vai cansando isso, até quando não era para pagar eu achava que tinha que pagar. Isso é uma coisa que pesa muito aqui na Índia, as pessoas te ajudam já pensando na gorjeta, enfim a cultura é assim e isso vai estressando ao longo da viagem. No Nepal também tem muito dessa cultura da gorjeta.
 
Eu lembro muito de dois médicos que tinham visitado a Índia e o Nepal e que falavam muito disso, é o tempo todo dando gorjeta, hoje eu deixei um cara falando sozinho aqui em Mumbai que disse que só poderíamos entrar no mercado com guia....ah foi o fim pra mim, se nem em Barcelona, Singapura e em São Paulo que tem aqueles mercados lindos não tinha isso, não será nessa Índia que vão me cobrar! Chega uma hora que cansa...rsrsr!
 
Logo que chegamos no deserto fomos fazer o tradicional passeio de camelo que estava no nosso pacote e ver o pôr do sol. Vimos muitos camelos não só usados para passeios como também como meio de transporte de pessoas e carga. Eles são bem dóceis e bonitos. Olha como estou cada vez mais próxima dos animais Patty Vieira!
 
 Abaixo temos um estacionamento de camelos no meio do deserto.

Abaixo sou eu fazendo graça com o pôr do sol no deserto, o sol em minhas mãos! Adoro ficar fazendo testes com fotos...rsrsrs
A noite tínhamos uma janta típica indiana e vimos uma dança indiana e depois participamos da dança ao redor do fogo como na foto abaixo. Na típica comida indiana se come com a mão...eu caí na besteira de pedir garfo....hahaha e a resposta do atendente foi: aqui se come com a mão. Ainda bem que tinha uma colher lá...rsrsrs Lembrei que os indígenas também comem com a mão! Descobri que sou muito ocidental....rsrsrs
 
Depois da jante e da dança tínhamos duas opções no nosso pacote de hospedagem: dormir no deserto ou dormir nas cabaninhas abaixo. Ficamos refletindo bastante e nós empolgamos com a ideia de dormir no deserto, mas pensando na provável friaca e sabendo que eu a Doris sentimos muuuuuuuito frio, desistimos da ideia. As cabanas são com suíte e água quente, nada como um conforto depois de uma certa idade, sinto que estou ficando velha...rsrsrs. Eu amo aventuras mas passar frio é uma aventura que não ia me deixar feliz. Na verdade se não fosse a frente fria do Himalaia nessa época do ano não seria tão frio. Até o Mário e meu irmão sentiram frio dormindo na cabana.

Agora a viagem está chegando ao fim e estou aguardando dar o horário para ir ao aeroporto de Mumbai, é hora de voltar para casa! Foi sensacional ter conhecido a Índia e o Nepal. Sem a menor sombra de dúvidas eu tenho um fascínio muito grande pela Ásia e vir pra esses lados sempre vai renovar minhas energias. Na verdade duas regiões me fascinam: América Latina e Ásia, meus favoritos fazendo um balanço geral. Claro que não poderia deixar de dizer o quanto o Brasil é um país sensacional, toda a minha volta ao Brasil eu fico super feliz e meu olhar muda bastante. Fora do Brasil temos que abstrair muitas coisas e nos adaptar cada dia a uma nova situação totalmente fora da rotina e isso é muito bacana. A rotina pra mim me faz mal, talvez por viajar tanto, em São Paulo eu faço mil coisas diferentes, troco o caminho, entro em lugares novos, ando por ruas que nunca andei para não perder esse espírito da descoberta do novo. Acho que em vidas passadas eu devo ter sido uma viajante, uma beduína...sei lá, mas entendo também o quanto tem muitas pessoas que se acomodam e se acostumam com a mesma rotina e frequentam os mesmos lugares sempre. Eu acho de verdade muito bacana e fico até admirada, mas eu não consigo ser assim.
 
Enfim, fiquei viajando aqui nas ideias....rsrsrs Estamos na expectativa da nossa super e longa viagem de volta, na vinda tivemos a emoção de parar na Etiópia, estamos esperando quem sabe dar um atrasada no vôo em Lomé no Togo para conhecermos essa cidade.....rsrsrs Agora será Mumbai-Addis Ababa-Lomé- Rio de Janeiro e finalmente a minha querida cosmopolita e megacidade São Paulo!
 
Acho que os próximos post serão do Brasil! Até breve amigos!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Bikaner: Forte e o templo dos ratos

Depois de visitar Mandawa seguimos para a próxima cidade: Bikaner. É uma cidade do século XV e uma das cidades que fazem parte do circuito do Rajastão.
Quase todas as cidades do Rajastão tem um forte que defendia o território já que o noroeste da Índia é bem perto do Paquistão. Estávamos muito perto do Paquistão e os indianos não gostam muito deles pelo que pude perceber. Ao lado meu irmão e eu estamos no forte Junaghar. Esse forte é muito bonito e com uma riqueza de detalhes maravilhosa nos corredores, nas paredes. Essa arquitetura indiana na minha opinião é muito mais bonita que muitos lugares que vi na Europa. Fico me perguntando, o quanto a arquitetura indiana deve ter influenciado na Europa.
Acima a Doris percorrendo os diversos corredores do forte, parecia um labirinto, muito fácil de se perder. Muitas vezes me sentia num filme de castelo com milhões de caminhos. Depois de visitar o forte, almoçamos e depois seguinhos 30 Km ao sul de Bikaner para visitar um templo.
 
Eu a Doris não sabíamos que se tratava do templo Karni Mata, ou também conhecido como Templo dos Ratos. Minha amiga Milly tinha uma foto bem bacana desse templo mas eu não tinha ideia que estávamos indo para esse templo. Como a viagem foi longa e eu dormi durante todo o trajeto chegamos no templo e fomos pagar para guardar nossos sapatos já que em todo templo indiano se entra com meias ou descalço. Logo que olhei na entrada do portão eu já havia avistado um rato mas não fazia ideia do que ia encontrar dentro do templo.
Minha amiga Patrícia sabe o quanto eu sempre fui meio distante dos animais, mas aqui na Índia todo dia tem vários tipos de animais que nos cercam. Aqui superei todo o medo que eu tinha de qualquer animal.. Na entrada do templo eu vi umas crianças com receio de entrar porque passavam um monte de ratos pra lá e pra cá, mas os pais das crianças faziam elas entrarem. Eu estava atrás da Doris e onde ela ia eu ia. Pensei em desistir mas se todo mundo entrava, porque eu ia desistir. Uma vez que vc está na chuva sem guarda-chuva não resta outra opção a não ser se molhar. No meu caso, já que tem tanto rato e as pessoas entrando eu segui o fluxo. Detalhe, nós estávamos de meia e o chão mega sujo e com os ratos passando muito pertinho.
 
Esse templo é bastante frequentado pelos locais e eles acham tudo muito normal porque pra eles é normal mesmo, mas é chocante para nós ocidentais. Quando eu vi uma mulher de saia sentada no chão e o rato entrando eu fiquei paralisada. Não dava para segurar o corrimão porque também tinha rato, saí do templo e fiquei no pátio esperando minha amiga e aflita elevada a décima potência observando os ratos. Até briga de rato eu vi, eles disputavam comida. Os indianos levam comida e leite para alimentar os ratos. Uma foto clássica desse templo é uma bacia de leite com os ratos em volta tomando. Eu tinha visto uma foto da minha amiga argentina Milly nesse templo mas quando estávamos lá não tinha a bacia de leite. Se paga para tirar foto e apesar de eu estar com minha máquina eu não consegui pensar em tirar foto, fiquei realmente paralisada. Meu cérebro não raciocinava direito, eu só pensava: "calma, logo eu vou sair daqui e tudo vai ficar bem". 


Depois que saímos do templo fomos ler sobre o templo e entendemos porque nosso guia nos levou até lá. É um dos templos mais famosos da Índia e difere absurdamente dos outros templos. É um templo mais simples e frequentado por pessoas mais simples também. Diferente de outros templos, esse é realmente exclusivo para o indiano e eles não deixam os turistas chegarem perto do altar. Não fomos tão bem acolhidos como nos templos que visitamos até aqui. Havia mesmo muitos estrangeiros e eles estavam numa boa observando. Eu me mantive forte e esperei minha amiga, nesse não consegui seguir totalmente minha amiga....rsrsrs A Doris também nunca tinha visto um templo assim apesar de ter morado 1 ano na Índia, é um templo bem específico e típico dessa região do Rajastão.
 
Karni Mata é uma das encarnações da Deusa Durga. Durga é a deusa que personifica o espírito feroz, defensor e protetor da mãe que luta com todos os seus recursos para salvar seus filhos dos perigos e dos inimigos. Segundo a lenda local, no século XIV Karni Mata pediu ao Deus da morte, Yama, para devolver a vida do filho de um homem contador de estórias. Quando Yama recusou-se, Karni Mata reencarnou todos os contadores de estórias que já haviam morrido, na forma de ratos, para que assim Yama não tivesse mais almas humanas de contadores de estórias para matar, (uma vez que essas almas seriam no futuro, reincarnadas como seres humanos). Essa é uma versão!
 
Bom, agora estou de volta a Mumbai  e depois de passar por várias outras cidades menores fico feliz de ver essa cidade com grande potencial de crescimento. Começo agora a operação volta para casa, como diz meu amigo Marcelo, o banzo do Brasil está cada vez mais forte. Como a volta ao Brasil será longa eu vou tentar relatar mais e organizar as fotos, já foram mais de 1.700 fotos ao todo.
 
No próximo post vou falar o deserto de Thar! Continua... 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A megacidade Delhi e a pequenina Mandawa!

Meu ano de 2014 começou da  melhor maneira possível, estava saindo da megacidade de Mumbai, a maior da Índia para a segunda maior megacidade: Delhi! Sou fascinada por grandes cidades, é o meu estilo de viajar, eu seleciono primeiro pelas maiores cidades, é meu gosto pessoal, as megacidades me fascinam! Coincidência ou não, durante o vôo lendo o jornal da Índia tinha um artigo interessantíssimo de um economista discutindo sobre as cidades indianas. O autor falava do descompasso filosófico das cidades indianas com as outras  cidades asiáticas que eu já conhecia e fiquei empolgadíssima aprendendo e tomando nota das observações do autor. Para completar minha alegria chego no aeroporto de Delhi e recebo o simpático e incrível guia Gulab com uma plaquinha Welcome Iara Rosa! Sensacional meu primeiro dia do ano.
 
Fizemos um city tour pela cidade e apesar de ter ficado pouco tempo já deu para perceber o caos de uma megacidade, um trânsito infernal para um feriado. Deixa eu tentar dimensionar esse trânsito caótico...nunca vi nada parecido em São Paulo. Chegou ao ponto de eu dormir e acordar e não sair do lugar de tão parado que estava o trânsito. Houve um momento que os carros começaram a andar na contramão e eu achei incrível isso. Fui entendendo aos poucos que as regras de trânsito na Índia tem suas próprias regras e toda hora passávamos por muitas "finas" com os carros vindo do lado oposto. Ainda bem que nosso motorista extremamente paciente e habilidoso nos deixou são e salvos durante 12 dias de viagem pelo Rajastão. Nada como um guia sensacional ao nosso lado!
Ao lado sou eu ao lado de um dos patrimônios históricos da Unesco, o mais antigo mausoléu chamado Humayun ou Humayun's Tomb do século XVI do período mogal. Esse ao contrário do Taj Mahal, a viúva mandou construir em honra ao falecido marido.
 
Deu para perceber algumas semelhanças de Delhi com Bangkok, uma das minhas megacidades favoritas. O aeroporto de Delhi é sensacional, 5X maior, pelo menos, que o nosso de Guarulhos e tem metrô conectado à cidade, amei isso! Depois eu descobri que é a única cidade indiana que tem metrô conectado à cidade. No Brasil até agora nenhuma cidade tem ligação com o metrô...me corrijam se eu estiver enganada (Marcelo Bezerra, estou certa?) Não tenho certeza se Recife tem metrô conectado à cidade.
 
No dia seguinte seguimos rumo a cidade de Mandawa no noroeste da Índia com 20 mil habitantes e apesar de estar com o guia da Folha excelente, essa cidade não estava no guia. Mandawa é uma cidadezinha rural do século XVIII que me encantou bastante. Me lembrou bastante as cidades mostradas nos filmes iraninanos....igualzinho mesmo. Me senti dentro de um filme iraniano tipo o Apedrejamento de Soraya, o Jarro...foi sensacional pra mim.
Nessa cidade o recepcionista do hotel me falou que eu parecia indiana....hahaha eu fiquei tão feliz. Eu falei que infelizmente eu não era indiana, mas não pude deixar de perguntar se eu fosse indiana de que parte da Índia eu seria....adivinhem a resposta...rsrsrsrs MUMBAI! Fiquei super feliz! Depois eu tentei aplicar o golpe de dizer que sou indiana em outra cidade e não deu muito certo.....hehehe
 
Andando pelas ruas de Mandwa me deparei com esse pavão bonito e tem uma simbologia interessante para os professores. A deusa da sabedoria e do conhecimento se chama Saraswati e o animal associado a ela é o pavão, foto abaixo. Saraswati significa aquela que flui e um bom discurso pressupõe poder e inteligência. Pelo que eu li também ela era tão inteligente, tão inteligente, tão inteligente que não queria se casar com qualquer um, não a toa ela se casou com o deus criador Brahma porque era o mais perfeito dos homens. Sensacional a Saraswati, sou fã de carteirinha dela agora! Portanto, ela é personificação de todo o conhecimento representa todas as ciências, todas as artes, todas as técnicas. Fica aqui o pavão abaixo que é o símbolo da Saraswati e também dos professores!
 

Nessa cidade, a maioria das casas são chamadas de haveli e tem o centro uma abertura e todos as casas são pintas com uma riqueza de detalhes impressionante. Nosso hotel era um hotel haveli, uma arquitetura belíssima.

Uma outra coisa que eu adorei em Mandawa foi o templo abaixo, chegamos às 18h e pegamos a celebração do Arati, cerimônia que acontece todos os dias em que os tambores e sinos ecoam por toda a cidade e as pessoas cantam com muita devoção. Mesmo percebendo que somos de fora, as pessoas do templo nos recebeu de uma forma muito fraterna e acolhedora e com um sorriso maior que tudo. Cabe aqui dizer que em todo templo indiano é preciso tirar os sapatos e sempre se pisa com o pé direito e toca o chão do templo com a mão direita e coloca no coração. Os indianos fazem isso e minha amiga me ensinou também.
 
 Aqui então começou nossa aventura pelo Rajastão, eu achei que todas as outras cidades que conhecemos depois seriam parecidas com Mandawa, mas não foi.

Espero que os amigos estejam gostando do post, eu adoro escrever e poder relatar mesmo que um pouco dessa aventura me deixa feliz. Não poderia perder essa energia do momento (shakti) e por isso escrevo. A viagem foi bem cansativa mas conhecer um pedacinho dessa Índia me faz pensar em muitas coisas e com certeza voltarei ao Brasil com um olhar bem diferente sobre vários aspectos. Tem muitas cidades para relatar ainda. Agora precisamente estou aqui no Nepal e me preparando para ver o Everet de pertinho, espero sobreviver ao pequeno avião que vai nos levar até la!
 
Continua...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Índia: Chegada na megacidade de Mumbai e visita aos templos!

O aeroporto de Mumbai é enorme e muito bonito. Logo na imigração eu pude sentir o que chegar num país com mais de 1,2 bilhão de habitantes, um mar de gente e mais de 35 guichês. As roupas das pessoas são engraçadas porque já fica bem diferente do nosso acostumado padrão ocidental. Assim como provavelmente eles devem achar nossas roupas ocidentais estranhas também...rsrs imagino eu! Desde o embarque em São Paulo já haviam muitas pessoas com roupas bem diferentes! Na fila bem  atrás de nós tinha uma família do Lesoto, todos de branco e com um turbante na cabeça e as mulheres com véu. Eu fico esticando meu pescoço de curiosidade pra saber da onde as pessoas vem, se eu pudesse eu ia lá conversar para saber mais do país...rsrs Foi bem rápida a imigração até porque a fila era gigantesca, eu nunca vi uma imigração tão lotada quanto a de Mumbai, uma multidão de gente, isso foi bem interessante! A imigração foi mais fácil que o preenchimento do formulário para o visto, tudo me pareceu bem burocrático na Índia, mas até que a imigração foi bem tranquila!
Antes de pegar as malas, eu tinha que ir ao banheiro. Pra quem já me conhece sabe o quanto sou uma torneira ambulante e vou toda a hora ao banheiro. Já haviam as histórias de que os banheiros na Índia são sujos e não tem papel higiênico. Eu precisava checar essa informação, eu faço uma espécie de inspeção pessoal sobre banheiros ao redor do mundo! Sou especialista em banheiros...rsrsrsrs! Mas foi bem tranquilo, no aeroporto os banheiros eram limpos e tinha papel higiênico! Eu sabia que essa megacidade cosmopolita não ia me decepcionar! 
 
Já tínhamos contratado um transfer com nosso hotel e lá estava o funcionário do hotel com o nome do meu amigo Mário na plaquinha. O aeroporto de Mumbai fica a 40 km de Colaba, o bairro mais central e turístico da cidade onde ficamos hospedado. Durante o trajeto logo pelas 6 horas da manha já haviam muitas pessoas nas ruas. E tinha comércio de verduras em vários pontos da cidade. Haviam viadutos por todos os lados e muitos minhocões como em São Paulo. Haviam muitas pessoas dormindo na rua e até mesmo na frente do nosso hotel, do nosso quarto dava pra ver 5 pessoas dormindo do outro lado da calçada. Outra coisa que chamou a atenção foi o barulho da buzina, muita, muita, muita buzina! Piiiiii, piiiii, piiiii multiplicado por mil!
 
Nosso hotel fica bem próximo de um dos hotéis mais famosos da Ásia, o Taj Mahal hotel que sofreu um atentado com bomba anos atrás. Em muitos lugares que entramos tem inspeção de bolsa e detector de metais, isso aconteceu na Etiópia também! Ao redor do nosso hotel havia um barraquinha de camelô ao lado da outra, um mar de camelôs e um espaço bem pequeno para andar. Logo avistei um Mc Donald's e eu queria muito conhecer as opções vegetarianas na Índia, foi onde jantamos na noite do dia 31, comi um mc veggie e adorei o hambúrguer vegetariano, é cheio de legumes, na verdade, são legumes prensados na forma de hambúrguer.  Adorei o Mc Donald's da Índia!
 
Caminhando pela cidade já me emocionei de ver uma cidade toda arborizada e com aqueles milhões de tuc tucs e muita buzina, igualzinho como mostrados nos filmes. Andamos por uma rua que se chamava Mahatma Gandhi e meu olho encheu de lágrima. Desde criança meu pai sempre falava do Gandhi...mal sabia eu que mais tarde nosso guia nos levaria para conhecer a casa onde Gandhi viveu em Mumbai. Eu nem sabia que ele tinha vivido uma época alí em Mumbai e não estava no guia essa importante informação. Foi sensacional conhecer a casa e saber que o dinheiro do museu e dos souveniers vão para a associação do Gandhi. Eu comprei um cd com as músicas favoritas do Gandhi! Fiquei novamente bastante emocionada de estar alí na casa onde esse grande homem morreu! 
 
 
Minha amiga Dóris queria ir a alguns templos, um deles era o Templo de Lakshimi (foto ao lado)  a deusa da fortuna, fonte de toda a fartura, beleza e saúde e por essa razão  estava lotado de gente justamente porque era dia 31, desistimos e fomos a outros templos. 
 
Visitamos o templo de Ganesha que também estava lotado. Ganesha é reverenciado em todos os lugares que passei e ele é o deus da properidade, sucesso na jornada,  removedor dos obstáculos e todos os comerciantes tem um Ganesha porque ele é muito bom para os negócios prosperarem.
 
Nosso motorista em Delhi tem uma Ganesha no carro e em muitos estabelecimentos também tem, eu vi em mais de 90% das vezes! Imagina se a partir de agora não terei um Ganesha na minha agência de viagens...rsrsrs!
 
Em todos os templos é preciso entrar descalço e não pode tirar foto. Compramos uma oferenda para Ganesha que consistia num côco inteiro e doces. A fila para fazer a oferenda é separada entre homens e mulheres e dá pra entender motivo, é um empurra-empurra danado, mil vezes pior que a 25 de março, mas foi uma experiência sensacional! O importante é conseguimos fazer a oferenda no último dia do ano de 2013 para entrar em 2014 com todas as energias positivas da tradição indiana. Uma vez que entregamos a oferenda nós recebemos outra cesta com o côco quebrado e com os doces já abençoados.  Minha amiga me explicou que o côco inteiro com a casca representa o ego e o côco dentro representa a doçura do ser.
 
Por isso na oferenda a Ganesha fazemos a oferenda de um côco inteiro e recebemos do purjari ou brâmane, que abençoa as oferendas, o côco quebrado já abençoado, como uma forma de nos abrir para o nosso verdadeiro eu. A minha leitura é que entregamos a nossa dureza e depois com o côco quebrado nos abrimos para receber a benção de Ganesha. Seja como for, fiz o ritual e adorei essas explicações. Nesse templo entramos descalços mas tivemos que deixar nossos sapatos com umas pessoas que cobram para guardar os sapatos. Na volta, as pessoas tinham ido embora e nossos sapatos estavam lá nas calçadas de Mumbai largados....foi bem engraçado. Andar descalça em Mumbai foi bem diferente, mas lá é bastante normal, adorei a experiência nas ruas e no templo de Ganesha.
 
Ainda terei mais dois dias inteiros em Mumbai na minha volta do Nepal, mas já deu pra sentir um pouco dessa megacidade!
 
Nosso ano novo foi em Mumbai em frente ao Portal da Índia, foto ao lado e ao hotel Taj Mahal ( foto abaixo). Fogos de 5 minutos e pronto! Voltamos ao hotel logo após os fogos porque tínhamos que acordar cedo para pegar o vôo para a segunda maior cidade da Índia: Delhi! 
 
 
 
Continua...