quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Os melhores momentos de 2013

 Esse vai ser o último post do ano e decidi escrever uma retrospectiva com fotos de lugares e pessoas que me marcaram muito esse ano.
 
Meu ano começou de 2013 em Cartagena no mar do Caribe, nos primeiros dias eu estava sozinha e nessa foto ao lado eu estava no intervalo de um mergulho e outro. Sou apaixonada por praias e a prática do mergulho me renova totalmente as energias. Adoro viajar sozinha, mas logo meus amigos Mário e Alina chegaram para desvendar uma parte do Caribe comigo.
 
Após essa paisagem caribenha eu me aventurei novamente no inverno americano com meus amigos Mário e Alina. Não poderia deixar de registrar registrar que uma super coincidência aconteceu em NYC, sem combinar, eu e minha amiga argentina Milly estaríamos no mesmo dia na big apple. Foi uma honra enorme encontrar minha grande mestre que me ensinou  e me inspirou muito sobre viagens afora. Aliás quem me incentivou muito a conhecer NY foi a própria Milly num quarto de hostel no Chile em 2006. Foi sensacional nosso jantar no Hard Rock Café esse ano, minhas amizades feitas em viagens são muito especiais pra mim! Agora vou ter dicas preciosas da Austrália e Nova Zelândia by Milly!!!!

Após uma promessa que fiz, finalmente fui conhecer o Canadá, país onde mora minha grande e queridíssima amiga Silvia. Difícil explicar o quanto conhecer Toronto me fez bem, parecia que o lugar já era meu, me senti absolutamente em casa apesar do inverno com temperaturas negativas. Silvia e Denis, obrigada pelo carinho e pela atenção em me levar para conhecer a cidade!

 

Depois de voltar de férias fui conhecer com meus queridos amigos da Geografia Ana, Clecio, Marquinhos e meu irmão o incrível e deslumbrante Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Minha proposta de conhecer os principais Parques Nacionais segue firme, vai levar uma vida toda para conhecer, mas a certeza é poder contar com amigos que topam as minhas maluquices!


 Em Maio, reuni amigos queridos e novos amigos a uma viagem para conhecer as incríveis cavernas do PETAR. Eu gosto tanto do PETAR e depois de tantos anos da primeira vez a sensação continua sendo surpreendente, mas sem dúvida ver a expressão de encantamento dos amigos diante das várias cavernas que visitamos não tem preço, é bastante gratificante. Obrigada a todos: Fernanda, Andreia, Juliana, Joyce, Adriana, Claudinha, Roberto e Rodrigo.

Abaixo relembro minhas queridas amigas da Argentina Milly e Moni e que dividiram momentos divertidíssimo em Paraty!



 

Ao lado deixo meu querido e profundo agradecimento a Cris Marroig, minha querida amiga carioca que não mede esforços em ajudar no que for preciso para concretizar uma ideia de maneira inteligente e inovadora. Sua amizade é muito especial Cris! Não tenho palavras o suficiente para agradecer essa querida amiga.

 
Relembro aqui minha nova companheira de viagens, Thaís que topou meu convite para conhecer o Rio de Janeiro, é sempre uma alegria apresentar um lugar que amo para uma amiga tão querida.
Para finalizar, lembrarei aqui mais uma vez minha amiga Fernanda que me apresentou a Ana e a Paty, as duas com um astral elevadíssimo, além de terem me apresentado a escalada, um esporte que eu tinha curiosidade em conhecer. Graças a Fê conheci também a Doris que será uma das minhas cias para meus próximo destinos: Índia e Nepal 
 
Vou tentar escrever minhas impressões sobre essa viagem aqui no blog!
Talvez eu tenha esquecido alguém mas todos os amigos sabem o quanto os quero muito bem e estarei sempre a disposição para tudo, inclusive para novas aventuras! Um excelente final de ano a todos e que venha 2014. Mandarei energias positivas da Índia e do Nepal a todos!

PS.: Vou deixar indicado aqui um blog sensacional do meu queridíssimo primo espanhol Miguel que tem um blog incrível sobre análise de filmes:
http://episodiosdesdeunabutaca.blogspot.com.es/

terça-feira, 30 de julho de 2013

Trilha do Ouro - Parque Nacional da Bocaina Parte II

No segundo dia de caminhada tínhamos 11 Km pela frente e saímos às 12h30. O calçamento de pedra já começa a surgir na nossa trilha. Essas pedras ou melhor dizer, rochas, foram colocadas pelos escravos no século XVIII no auge no ciclo do ouro no Brasil, por isso se chama Trilha do Ouro. O Ouro saía da cidade de Ouro Preto e era levado para o litoral para ser levado a Portugal.
 
Nós 4 fizemos bem boa parte desse trecho, faltando 2 Km para terminar a trilha encontramos um verdadeiro lamaçal. Havia chovido alguns dias atrás e como no caminho passam muitas mulas, fica muito difícil caminhar tranquilamente. Para o meu caso foi muito difícil, além de eu estar com tênis normal e com bolha nos 2 pés eu simplesmente tive que ir descalça...rsrs
Haviam muitas pontes com troncos estreitos e altos, alguns tinham um galho de apoio, outros tinham cabos de aço. Mas a travessia mais legal foi uma tirolesa com um apoio para colocar a mochila para atravessar o rio Mambucaba e finalmente chegar na casa do sr. Sebastião. Chegamos por volta das 17h00 quase escurecendo. Eu fiquei na pousada aliviada por ter conseguido chegar e o Erick tentou ver a cachoeira e os meninos Rafael e Marconi acamparam perto da Cachoeira do Veado. Não há energia elétrica e muito menos sinal de celular na região, eu consegui me sentir isolada de tudo e de todos e essa sensação é interessantíssima. Mais uma vez jantamos uma comida deliciosa feita com fogão a lenha.
Pensando na dificuldade que tive no lamaçal e conversando com a esposa do Tiãozinho eu perguntei se havia uma outra possibilidade de fazer o trecho final sem ser a pé. Ela me comentou que havia poucos dias que uma mulher havia feito a trilha em cima de uma mula e levou umas 4 horas. O preço era salgado R$200,00 mas naquele momento era minha única saída. Preciso agradecer o Erick por ter conseguido um belo desconto para mim...rsrsrs. Então ficou decidido que eu faria o trecho final em cima de uma mula como os tropeiros faziam no século XVIII.
A mula que me levou se chama Londrina e é linda e forte, fiquei encantada pela Londrina. O Tiãozinho foi puxando a mula a pé e eu fui montada na Londrina. O Tiãozinho faz o techo de 18 Km a pé em 4 horas com muita tranquilidade. O Erick veio logo atrás e veio acompanhando, com uma mochila de 20 Kg nas costas, o ritmo do Tiãozinho. Percebendo que o Erick tinha um excelente ritmo de caminhada o Tiãozinho ofereceu para levar a mochila dele na mula. A Londrinha carregou as duas mochilas e eu. A força da mula é impressionante, aprendi muito sobre elas e as comparações com os cavalos. Cheguei a perguntar qual o preço de uma mula...rsrsrs custa R$5.000, mais caro que uma moto! Não que eu esteja interessada em comprar uma mula...mas cheguei a brincar com o Tiãozinho dizendo que eu gostei tanto de andar na Londrina que seria capaz de seguir viagem até São Paulo com ela! hehehe
 
 Realmente esse trecho do terceiro dia é o mais difícil de todos e com um tênis comum é muito complicado. O ideal é estar de bota, há muitos atoleiros de lama. Para mim o fato de não precisar me preocupar em saber onde eu pisava eu consegui apreciar muito a paisagem e isso foi sensacional. Um fato interessante aconteceu, eu não senti medo de andar de mula, muito pelo contrário estava muito segura com ela. Mas houve um momento que a Londrina teve uma reação super estranha e o Tiãozinho explicou que isso acontece quando ela sente que a onça está por perto. Ou seja, nós estávamos muito perto da onça, que incrível!
 
Enfim conseguimos chegar no final da trilha em Mambucaba! Continua no post III.

Trilha do Ouro - Parque Nacional da Bocaina Parte I

É com muita alegria que escrevo esse post. Como muitos sabem eu adoro trilhas ou em inglês trekking e esse ano eu resolvi me dedicar a conhecer algumas trilhas no Brasil. Coincidentemente graças a este blog eu conheci um carioca chamado Erick Eas que é apaixonado por trilhas e um grande organizador e experiente em trilhas. Havia alguns meses que ele havia comentado que estava planejando fazer a Trilha do Ouro. Eu gostei muito da ideia e como estava de férias eu decidi topar fazer essa trilha. Confesso que pensei em desistir várias vezes pelo grau de dificuldade que ela apresenta, mas valeu super a pena vivenciar 3 dias de muitas aventuras na famosa Trilha do Ouro.
Começamos nossa expedição em São José do Barreiro- SP, uma cidade linda e aconchegante que pertence ao chamado Vale Histórico, região onde ocorreu a Revolução de 1932. Eu pernoitei na cidade de quinta para sexta quando chegaram o Erick, a Leonor, o Marconi e o Rafael todos vindos do estado do Rio de Janeiro, ou seja, eu era a única de São Paulo no grupo. Meus amigos de Sampa infelizmente não conseguiram ajustar as agendas. Principalmente meus amigos geógrafos que ficaram morrendo de inveja do meu trekking na Bocaina...rsrsrs
De São José do Barreiro até a entrada do Parque Nacional são 27 Km feitos num carro 4X4, um carro comum ainda não sobe em condições de chuva. Dentro de 1 ano aproximadamente o asfalto estará concluído. Nós contratamos o Tião da Barreirinha para nos buscar em São José do Barreiro e levar nossas mochilas cargueiras, isso custou R$35 para cada um.
 
 Da entrada do Parque até a pousada do Tião da Barreirinha são 18 Km de estrada de terra batida, boa parte do trecho é bem tranquilo de caminhar, mas há alguns trechos com lama. Nos primeiros 3 Km tem a Cachoeira Santo Izidro na foto acima, é linda e dá para tomar banho. O frio era tanto que eu não me arrisquei na água gelada, mas o Erick e o Rafael gostaram de entrar na água. Encontramos muitas araucárias nesse primeiro dia de caminhada, começamos com 1600 m de altitude e avistamos o chamado domínio dos Mares de Morros.

Faltando 3Km  dos 18 Km para terminar a trilha do primeiro dia por volta das 21h o Tião da Barreirinha foi nos buscar de carro porque estava muito tarde, parecia uma miragem quando eu vi o carro dele, que alívio. Andamos umas 3 horas com nossas lanternas ligadas e escutando barulho na mata, me assustei várias vezes. Enfim chegamos na aconchegante pousada do Tião da Barreirinha. Na foto acima mostra o jardim e o quarto todo de madeira com beliches e cobertores bem quentinhos. A diárias custa R70,00 e inclui janta, banho quente e café da manhã. Há que se dizer que a janta é feita num fogão a lenha, achei isso fantástico. Há chuveiro quente aquecidos pelo cano que vem do fogão a lenha. Havia uma lareira dentro de casa para nos aquecer já que fez de 2 graus a zero de temperatura. Pernoitamos e no dia seguinte fomos até o Pico do Gavião que está a 1650m de altitude.
Com tempo bom é possível avistar o mar do pico do Gavião, apresenta uma visão linda da região que o Mateus, filho do Tião, nos levou para conhecer. Depois, contratamos o serviço de mula para levar nossas mochilas da pousada do Tião da brreirinha até a outra pousada do Sebastião, ou Tiãozinho. Esse serviço custa R$100,00 e leva até 4 mochilas na mula, foto acima do canto direito.
 
Eu particularmente achei fantástico contar com os serviços de carregamento das nossas mochilas cargueiras. Sem mochila nas costas já era uma caminhada difícil, com a mochila talvez eu estivesse lá na Bocaina até agora. Nossa amiga Leonor teve uma queda que prejudicou o joelho e teve que voltar de carro para São José do Barreiro. Eu, Erick, Marconi e Felipe seguimos para 11 Km do início da trilha do ouro, mas a continuação dessa história ficará para a próximo post!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Haitianos no Brasil e em São Paulo!

Desde o ano passado eu queria escrever sobre esse assunto. Quando eu estava em Manaus eu escutei uma explicação fantástica de uma amiga sobre o imigrantes haitianos nessa cidade, encontramos muitos nas ruas enquanto passeávamos. No meu vôo de Manaus para São Paulo tinha um casal haitiano embarcando junto comigo. Chegando em São Paulo eu comecei a reparar o número de haitianos aumentar.
 
Agora,  tenho vizinhos haitianos e tem uma pequena lan house perto da minha casa que faz fila de haitianos para usar, grande sacada de quem abriu a lojinha, vive lotada. Outra coisa, no SESC carmo há aulas de português para refugiados e mais uma vez, mais haitianos. Eu vejo vez ou outra muitos chegando com mala vindos do aeroporto e andando pelo meu bairro. Tenho a impressão que os haitianos estão predominantemente no centro de São Paulo, baseado na minha estatística observacional, eu vejo pelo menos 2 haitianos por dia
 
Eu particularmente adoro escutar eles falando em francês e fico imaginando como deve ser a história de cada um deles, quais a dificuldades eles passaram. Segundo o Ministério das Relações Exteriores os haitianos compram uma passagem para o Equador pois não precisa de visto  e de lá eles atravessam o Peru até chegar no Acre. Quando eles chegam na fronteira com o Brasil, eles se identificam como refugiados de desastre natural, pois em janeiro de 2010 aconteceu o terrível terremoto que destruiu o Haiti. Na situação de refugiado o Brasil concede a entrada dos haitianos.
 
Até 22 de novembro de 2011 havia no Brasil 4.500 imigrantes haitianos e desses somente para 1300 deles foram concedidos vistos válido por 5 anos. Mas para conseguir o visto brasileiro os haitianos não podem ter nenhuma ocorrência policial, caso contrário não conseguem o visto. A minha amiga de Manaus me explicou isso da seguinte forma:  "Tenho mais medo de brasileiro que de haitiano, pelo menos os haitianos sabem que se fizerem algo ilícito, não vão conseguir o visto de trabalho, então fico tranquila quando vejo eles nas ruas".
 
Hoje andando pelo região central de São Paulo eu estava com vontade de tomar um suco. No centro tem um monte de lugares com aquelas frutas todas penduradas no bar, adoro ver essas frutas penduradas. Olhei uma casa de sucos pequeninha e para minha surpresa TODOS os atendentes eram haitianos, eles entendem os pedidos e falam português razoavelmente bem, mas entre os atendentes eles falam francês.
 
Adorei essa casa de suco pois além de ser atendido por haitianos o suco é bem servido, tomei quase 2 copos de cupuaçu com leite ao custo de 4 reais. Eu tinha acabado de vir de um shopping em que um suco de frutas vermelhas era 6,9 reais. Eu prefiro agora tomar suco na casa de sucos dos haitianos. Vale pelo preço e pela experiência cultural de ver que os haitianos já fazem parte da nossa realidade paulistana.

 
Esse é meu suco favorito, cupuaçu!!!! Para quem quiser conhecer essa casa de sucos ela fica na Rua Conselheiro Ramalho, 151, pertinho do Teatro Municipal. Eu gostei bastante, então fica a minha dica!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vinícius de Moraes, cem anos!

Apesar de ter deixado o blog bem de lado nos últimos tempos é impressionante como as pessoas continuam acessando e mandando e-mails incentivando a não parar de escrever, que bacana isso!!!
 
Apesar de ainda estar no inferno astral e com mil coisas para resolver vou tentar compartilhar minhas ideias para desestressar um pouco e não perder o hábito de escrever no blog. Essa semana eu comecei com uma música do Vinícius de Moraes na cabeça de uma cena de um filme que eu amo de paixão (Comer, Rezar e Amar), me emociono todas as vezes que assisto esse filme. Nesse trecho do filme a Liz foi atropelada enquanto andava alegremente de bicicleta em Bali na Indonésia.
 
Coincidentemente quem atropelou ela foi o então marido dela, surgindo um romance e uma bela discussão sobre a vida e o relacionamento a dois, tudo isso no livro da minha escritora favorita e fonte de inspiração Elizabeth Gilbert.
 
Como esse ano é a comemoração do centenário de Vinícius de Moraes segue um soneto riquíssimo e forte para reflexão: 
Deixo também o trecho da música (Samba da benção) do filme que ainda está na minha cabeça, vou colocar alguns trechos e as partes em negrito que gosto mais. Ainda bem que existe a genialidade de quem compõem músicas que permite identificar nossos sentimentos, aí vai ela:
 
"É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
(...)
Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão
(...)
Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba"

http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/86496/

Boa semana a todos!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Despedida

O blog geoiarinha vai reduzir drasticamente a quantidade de posts, para não dizer que será desativado . Os posts vão continuar online mas a pessoa que aqui escreve vai deixar de publicar posts por pura falta de tempo e intensos compromissos profissionais.

Esse blog me ensinou muita coisa, um mundo incrível dos bastidores de como as pessoas chegam até a informação que você publica. Adorei saber que meu singelo blog foi acessado de todos os continentes e de todos os estados brasileiros e muitas cidades que nunca tinha ouvido falar. Foram mais de 100 mil acessos. Uzbequistão, Eslovênia, Haiti, Sri Lanka, Iraque, Palestina, Macau, Timor-Leste foram alguns dos países que acessaram meu blog, o máximo! Me diverti muito ao ver o que as pessoas pesquisam na internet e como caíram no meu blog, simplesmente sensacional!
 
É hora de partir para minha antiga e presente motivação, aquilo que me faz acordar feliz e querer ir atrás a todo custo, o mundo e seus incríveis lugares, de um jeito mais profissional.
 
Vou me dedicar a outros sites que dentro de breve estarão online e que vai exigir muita dedicação.
 
Fica o carinho, os agradecimentos pelos elogios e pelas críticas que recebi durante esses anos.
 
Geoiarinha

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

É possível conhecer Brasília sem carro?

O título desse post é exatamente uma pergunta que sempre fiz. Todas as pessoas que eu conversei e que foram a Brasília falavam da necessidade de ter um carro para conhecer essa cidade.
 
Brasília é uma das cidades brasileiras que foram efetivamente planejadas por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Essa cidade foi construída em exatos 4 anos, de 1956 e inaugurada em 1960 durante o governo Juscelino Kubtischek. Essa cidade em outras palavras foi milimetricamente planejada e tem a forma de um avião, simplesmente um escândalo.  Muitos arquitetos, principalmente de outros países, sonham em conhecer essa cidade, agora eu consigo entender os motivos.

 
 Essa é a troca de guarda mais linda que já vi, não conheço a de Londres (naquele frio horroroso), mas com certeza essa é mais linda no Palácio do Planalto onde nossa presidente trabalha. Uma temperatura agradável de 29 graus do jeito que eu amo num fim de tarde! rsrsrs
 

 Esse é o famoso cartão postal de Brasília, o Congresso Nacional que representa a cabine do avião onde todos os projetos são elaborados e aprovados pelos deputados federais e senadores.

Brasília tem 2,5 milhões de habitantes, sendo a quarta maior cidade do Brasil e tem o segundo maior PIB do Brasil depois de São Paulo e tem o quinto maior PIB da América Latina.

Brasília sempre me passou a ideia de uma cidade burocrática e chata sem grandes atrativos. Aos poucos pude perceber pelos meus contatos que ou a pessoa ama ou odeia Brasília. A grande maioria dos meus contatos amam Brasília, precisei checar essa cidade com os meus olhos para formar minha opinião. Coincidentemente nas minhas férias em Cartagena eu conheci dois australianos que moram em Brasília, eu até me assustei, eles disseram que não pensaram duas vezes quando surgiu vaga nesta cidade...isso só me deixou mais curiosa sobre Brasília. Na foto sou ao lado do mapa na forma de avião, um lindo mapa por sinal!

Vejamos algumas vantagens de viajar a Brasília:
1) Os vôos são muito baratos de muitas cidades brasileiros, tem o terceiro aeroporto mais movimentado do Brasil; Em especial a partir de São Paulo, é possível encontrar vôos entre 100 e 150 reais o trecho.

2) Viajar de ônibus de São Paulo dura 14 horas e custa 160 reais. A rodoviária de Brasília é novíssima e linda, segundo minha percepção a rodoviária mais linda do Brasil. Optei por voltar de ônibus porque eu queria conhecer essa rodoviária. Aproveitei e fiz algo que sempre tive vontade: tomar banho na rodoviária. Parecia um hotel de tão limpo e organizado por um custo de 6 reais.

3) Há desde 2010 uma malha de metrô de 43 Km, a segunda maior extensão depois de São Paulo. Pasmem, o metro do DF é maior que o do Rio de Janeiro. Me apaixonei perdidamente pelo metrô de Brasília, é lindo e me proporcionou uma vista incrível da parte logo que sai do túnel e encontra o Cerrado. Em outras palavras, o metrô passa pelo meio do Cerrado, o segundo maior domínio morfoclimático do Brasil. Fiquei encantadíssima. O metro custa 3 reais durante a semana e 2 reais no final de semana.

4) A partir de Brasília é possível ir ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, lugar o qual estou encantada até agora, no próximo post falarei desse incrível parque nacional.

5) A partir de Brasília é possível conhecer Pirenópolis, uma cidade histórica patrimônio cultural do Brasil. Terei que voltar para conhecer essa cidade.

6) Há uma grande oferta hoteleira na cidade, há uma zona só de hotéis pois é uma cidade planejada.

5) Os poucos atrativos que conheci em Brasília são gratuitos: A Torre permite ver Brasília em 360 graus e a visita guiada ao Congresso Nacional foi uma das minhas melhores aulas que já tive nesse país. Escutar uma guia explicando cada detalhe do Congresso Nacional foi sensacional, tudo isso grátis todos os dias, inclusive feriados.

Tudo isso me deixou extremamente encantada e apaixonada por Brasília, tudo em um dia. Eu e meu irmão andamos da Torre até o Congresso Nacional a pé com muita tranquilidade passando por todos os ministérios que guiam esse país, no meio desses dois pontos há a estação central. Pude sentir a cidade e perceber que ela não é impossível de conhecer sem carro. A foto ao lado sou eu obtendo informações através deste terminal para ônibus pela cidade, não conheço nenhuma outra cidade brasileira que tenha isso, toda hora eu me surpreendia em Brasília.


Se eu tivesse que sugerir a alguém, eu ficaria em algum dos milhares hotéis próximos da Torre ou da estação Central, tudo fica fácil perto desses dois pontos. O centro de atendimento ao turista é impecável em Brasília, me senti num lugar muito desenvolvido. Há muito o que explorar nessa cidade, vou voltar sem a menor sombra de dúvidas.

Respondendo ao título do post, sim é possível conhecer e se surpreender com Brasília sem ter carro.
 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Canadá, o sexto melhor IDH do mundo!


Um feliz 2013 para todos os caríssimos leitores. Acabo de voltar das minhas férias de 40 dias e um dos lugares que visitei e que merece um post é o Canadá, mais especificamente Toronto. Há 5 anos atrás minha melhor amiga- Silvia- tinha o sonho de sair do Brasil e viver um experiência temporária no exterior. Geminiana como eu ela não sabia para onde ir e por acaso ela me pediu uma opinião minha. A dúvida estava entre Inglaterra, Irlanda, Austrália e Canadá. Eu lembro claramente de ter dito a minha amiga: Se eu tivesse que migrar eu, Iara, iria ao Canadá. Primeiro porque sempre li sobre migrantes no Canadá e sempre me pareceu um país muito aberto aos estrangeiros e muito cosmopolita; uma moeda e economia estáveis; e um dos dez melhores IDHs do mundo, já chegou a ser um dos primeiros em algum momento se não estou enganada. Hoje é o sexto melhor IDH e diante disso vou registrar minhas impressões sobre esse incrível país que conheci.
 
Dia 11 de Janeiro de 2013 lá estava eu chegando no Canadá para visitar minha queridíssima amiga, na mesma data que ela chegou há 5 anos atrás quando nos despedimos em New York! Além de ser uma alegria enorme visitar minha amiga, o Canadá foi o vigésimo segundo país a receber minha visita. O mais engraçado é que quase não consigo passar pela imigração...hahaha me fizeram muitas perguntas, cheguei a ir para o hall dos deportados para prestar mais esclarecimentos sobre minha visita ao Canadá. Foi a primeira vez que isso me aconteceu, achei fantástico. Nesses casos, basta manter a calma e responder a todas as perguntas, mesmo que sejam mais de 20 perguntas...rsrs No final eles me deram 6 meses de visto no país sendo que eu precisava somente de 4 dias. Eu devia ter sido irônica e pedir para mudar para 4 dias de visto ao invés de 6 meses..hehe.. mas não quis causar nesse país altamente desenvolvido!  A foto ao lado sou eu na China town no dia que fez 12 graus de temperatura, para quem vive em Toronto, uma temperatura muito alta. Na verdade eu levei o calor por alguns dias...rsrs

Nessa foto no meu último dia no Canadá a temperatura começou com - 2 graus com sensação térmica de -10, no meu caso eu achei que ia congelar meu sangue, até meus pensamentos congelaram. Graças a minha amiga Silvia consegui resistir a essas baixas temperaturas muito bem agasalhada. Um excelente casaco é fundamental. Eu me assustava com o quanto as pessoas vivem tranquilamente no frio, tudo é uma questão de se acostumar. No meu caso, eu não me acostumaria, fato. Cada vez que passo férias em áreas frias eu tenho mais certeza de que não conseguiria nunca me adaptar ao frio, com 19 graus positivos eu já sofro com o frio, vocês não fazem ideia de como foi difícil essas temperaturas abaixo de zero para quem ama o sol!

Preciso agradecer enormemente a minha amiga Silvia e seu marido, meu amigo Denis, por ter me acolhido no Canadá, é o máximo não precisar planejar o que fazer quando se tem uma amiga que mora na cidade. Pude conhecer a cidade com o olhar de quem vive há 5 anos e seu marido que mora há mais de 20 anos e posso dizer que fiquei muito encantada com Toronto. A cidade me surpreendeu não só pela beleza mas pela diversidade e facilidade de tudo o que se possa imaginar. Se sem conhecer o país eu já recomendava Toronto, agora eu endosso ainda mais  para quem pensa em migrar, eu não tenho dúvidas de que o Canadá é um excelente país para se viver, uma qualidade de vida absolutamente incrível e não me pareceu ser cara. É muito mais caro viver em São Paulo que em Toronto segundo uma agência que calcula índice de preços.
 
Uma coisa que me encantou muito foi o fato de quase toda a cidade estar conectada por baixo da terra, existe uma cidade na superfície e uma cidade no subterrâneo. O centro financeiro de Toronto é o mais lindo que já vi, achei genial todo o centro financeiro com os 3 maiores bancos do Canadá conectados por baixo e ligados por metrô. Os prédios próximos ao metrô também estão conectados por baixo, os mercados também são subterrâneos e lindos. Me senti um pouco no desenho animado das Tartarugas ninjas que viviam no subterrâneo...mas eu achei muito diferente de tudo o que já vi, adorei!
Mas não é fácil se acostumar com os caminhos ou links como eles chamam no subterrâneo. Quando eu fui encontrar minha amiga no centro financeiro para almoçar com ela eu fui por cima tanto para pegar o metrô quando para chegar no trabalho dela. Faz toda a diferença saber andar pelo subterrâneo, mas andar na superfície era mais fácil. No meu caso eu pela primeira vez não me permiti errar o caminho de maneira alguma, ou eu acertava o local de trabalho da minha amiga ou eu congelava na superfície...hehe Essa foto ao lado é  famoso brunch que minha amiga sempre fala que faz aos domingos, um prato muito parecido com os cafés da manhã no estilo americano. É muito bom comer essas coisas nas férias, a comida em Toronto é bastante diversificada. Há comida árabe, grega, tailandesa. Há também comida da Mongólia e Etiópia em Toronto, pena que o pouco tempo não deu para provar. Desse modo terei que voltar a Toronto, leu essa frase Silvia...hehehe Espero voltar a Toronto sim...no verão para andar de bicicleta pela cidade!
Fica aqui minha dica para quem quer migrar para um país muito desenvolvido e com muitas oportunidades de trabalho. Agradeço imensamente a Silvia e ao Denis por me receberem e me ensinar muito da cultura canadense. Isso porque não falei dos incríveis bares canadenses com músicas de altíssima qualidade. Não tem preço aprender sobre um país com locais simpáticos e muito queridos. Toronto é uma cidade incrível e cosmopolita! Amei!

COMENTÁRIO DA SILVIA
Hahahah....Iara, agora está gravado e não tem como mudar de idéia: você volta ao Canadá no verão!!! E digo mais, se você gostou no inverno, vai pirar no verão.
Diferente de um país tropical, aqui todos sabem que verão tem começo e fim (não tem nem "meio" de tão rápido que termina...hahah) e por esse motivo, curtem intensamente cada segundo. Os dias são mais longos, e fica claro até 9:30 da noite. É fantástico, diversos festivais com música ao vivo pelas ruas, bares lotados com cadeiras do lado de fora (não se pode perder um raio de sol, todos querem armazenar o calor pro resto do ano), piscinas publicas deliciosas, bicicleta pra todo lado, da até engarrafamento...heheh, muito vôlei de praia, enfim, pra todo lado se vê pouca roupa e muito sorriso.
É maravilhoso, e você tem que conhecer
Silvia Rosatti

RESPOSTA DE GEOIARINHA
Estou convencida dos argumentos...verão de 2015 estarei aí, vou me programar para viver essa experiência, acho que um mês está bom né...rsrsrs! Você sabe como é minha agenda, são muitos lugares para conhecer que tenho que planejar tudo com antecedência...hehehe.Tenho certeza que irei amar mais ainda Toronto no verão! Julho de 2013 ficarei pelo Brasil e julho de 2014 é a copa do mundo, portanto 2015 estarei aí!

 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Mergulho no Caribe: experiência em Cartagena

O mergulho é uma prática esportiva encantadora. Fazia um ano que tinha feito meu último mergulho em Paraty e prestes a ir ao Caribe eu estava morrendo de vontade de mergulhar alí. Dizem que mergulhar no Caribe é uma das experiências mais fantásticas que existem, e realmente é. Cheguei em Cartagena no dia 1  de Janeiro sozinha e fiquei disfrutando da belíssima e encantadora cidade, agora é uma das minhas favoritas da América Latina. Obtive a indicação de uma empresa de mergulho (BUZOS DEL BARU) localizada no hotel Caribe, o  mais tradicional e lindo de Cartagena, 5 estrelas, lá fui eu obter informações sobre o buceo, mergulho em espanhol.

Meu único medo de mergulhar fora do Brasil era a possibilidade de encontrar um tubarão...tiburon em espanhol! O divemaster colombiano, uma simpatia de pessoa, me tranquilizou bastante e até falava português. Aliás estou pasma de como muitos estrangeiros já falam português, nós brasileiros estamos invadindo o mundo e sinto que existe uma preocupação em falar nosso idioma.

No sábado marcado lá fui eu sozinha encontrar o grupo no Hotel Caribe na Bocagrande em Cartagena. Minha ansiedade de mergulhar era tanta que fui a primeira a chegar...rsrsrs Aos poucos meu grupo foi chegando e lá fomos em direção a embarcação. Conheci um alemão que trabalha numa multinacional alemã em São Paulo e um argentino que já mergulhou centenas de vezes no Brasil, me senti em casa. Ambos eram bastante experientes e há que se dizer que eles foram fundamentais nos meus dois mergulhos, aprendi muitas coisas novas, isso não tem preço.
 
Paramos numa praia deserta no meio do Caribe e alí fizemos um lanchinho. O argentino me comentou baixinho que prefere mil vezes as empresas brasileiras de mergulho, que não tem ponto de comparação. Eu comecei a rir porque eu estava pensando exatamente a mesma coisa, mas nada como escutar alguém que mergulhou por vários lugares no mundo fazer esse comentário. Em alguma coisas pelo menos somos bons, que seja no mergulho! rsrsrs Esse argentino já mergulhou em vários lugares do mundo e ele prefere as empresas brasileiras, fiquei super orgulhosa do meu Brasil!

A água do mar caribenho é muito quentinha, a visibilidade é algo impressionante, já do barco era possível enxergar o fundo. A formação coralínea é algo que chama muita atenção, há muitos corais. Nesse ponto no Brasil a maior área coralínea está em Abrolhos, precisarei voltar para fazer uma comparação mais profunda...rsrs Porém havia poucos peixes, talvez por isso não tinha tubarão...rsrsrs O meu segundo mergulho foi um naufrágio, entrar dentro de um navio naufragado é fantástico. Havia uma parte que tinha ar confinado e foi possível tirar a máscara e conversar com o divemaster, genial!

Uma vez que se obtem a carteirinha PADI é preciso treinar sempre. Depois desse mergulho me senti muito mais confiante, era fora do Brasil, não conhecia ninguém, eu estava sozinha, era tudo em espanhol, agora o aceano Atlântico me aguarde! Todo esse esforço de mergulhar tem um objetivo, Fernando de Noronha, sinto que está mais próximo do que nunca!

Depois de Cartagena segui para a friaca de New York, já comprei a roupa de mergulho e diversos acessórios, estou absolutamente equipada. Estou apaixonada pelos meus novos acessórios e muitos da national geographic. Mesmo que eu não tiver alguém para mergulhar junto irei sozinha! rsrsrs Agora pretendo fazer o curso avançado para ganhar mais confiança! Abaixo sou eu no fundo do mar do Caribe, agora uma das minhas fotos favoritas:

Mergulhar é compartilhar, é dividir momentos únicos e inesquecíveis, é cooperação, é deslumbramento, é superação e uma atividade absolutamente revigorante. As pessoas que mergulham em geral são pessoas super pra frente, são solidárias e principalmente: são cosmopolitas. O egoísmo  e o provincianismo não combinam com o mergulho, isso eu acho o máximo, pelo menos até agora não encontrei ninguém egoísta  e nem provincianos nos meus poucos mergulhos. E assim seguirei pelo Oceano Atlântico!
Próximos post: a friaca terrível do hemisfério norte...rsrsrs