Fizemos um city tour pela cidade e apesar de ter ficado pouco tempo já deu para perceber o caos de uma megacidade, um trânsito infernal para um feriado. Deixa eu tentar dimensionar esse trânsito caótico...nunca vi nada parecido em São Paulo. Chegou ao ponto de eu dormir e acordar e não sair do lugar de tão parado que estava o trânsito. Houve um momento que os carros começaram a andar na contramão e eu achei incrível isso. Fui entendendo aos poucos que as regras de trânsito na Índia tem suas próprias regras e toda hora passávamos por muitas "finas" com os carros vindo do lado oposto. Ainda bem que nosso motorista extremamente paciente e habilidoso nos deixou são e salvos durante 12 dias de viagem pelo Rajastão. Nada como um guia sensacional ao nosso lado!
Ao lado sou eu ao lado de um dos patrimônios históricos da Unesco, o mais antigo mausoléu chamado Humayun ou Humayun's Tomb do século XVI do período mogal. Esse ao contrário do Taj Mahal, a viúva mandou construir em honra ao falecido marido.
Nessa cidade o recepcionista do hotel me falou que eu parecia indiana....hahaha eu fiquei tão feliz. Eu falei que infelizmente eu não era indiana, mas não pude deixar de perguntar se eu fosse indiana de que parte da Índia eu seria....adivinhem a resposta...rsrsrsrs MUMBAI! Fiquei super feliz! Depois eu tentei aplicar o golpe de dizer que sou indiana em outra cidade e não deu muito certo.....hehehe
Andando pelas ruas de Mandwa me deparei com esse pavão bonito e tem uma simbologia interessante para os professores. A deusa da sabedoria e do conhecimento se chama Saraswati e o animal associado a ela é o pavão, foto abaixo. Saraswati significa aquela que flui e um bom discurso pressupõe poder e inteligência. Pelo que eu li também ela era tão inteligente, tão inteligente, tão inteligente que não queria se casar com qualquer um, não a toa ela se casou com o deus criador Brahma porque era o mais perfeito dos homens. Sensacional a Saraswati, sou fã de carteirinha dela agora! Portanto, ela é personificação de todo o conhecimento representa todas as ciências, todas as artes, todas as técnicas. Fica aqui o pavão abaixo que é o símbolo da Saraswati e também dos professores!
Nessa cidade, a maioria das casas são chamadas de haveli e tem o centro uma abertura e todos as casas são pintas com uma riqueza de detalhes impressionante. Nosso hotel era um hotel haveli, uma arquitetura belíssima.
Uma outra coisa que eu adorei em Mandawa foi o templo abaixo, chegamos às 18h e pegamos a celebração do Arati, cerimônia que acontece todos os dias em que os tambores e sinos ecoam por toda a cidade e as pessoas cantam com muita devoção. Mesmo percebendo que somos de fora, as pessoas do templo nos recebeu de uma forma muito fraterna e acolhedora e com um sorriso maior que tudo. Cabe aqui dizer que em todo templo indiano é preciso tirar os sapatos e sempre se pisa com o pé direito e toca o chão do templo com a mão direita e coloca no coração. Os indianos fazem isso e minha amiga me ensinou também.
Espero que os amigos estejam gostando do post, eu adoro escrever e poder relatar mesmo que um pouco dessa aventura me deixa feliz. Não poderia perder essa energia do momento (shakti) e por isso escrevo. A viagem foi bem cansativa mas conhecer um pedacinho dessa Índia me faz pensar em muitas coisas e com certeza voltarei ao Brasil com um olhar bem diferente sobre vários aspectos. Tem muitas cidades para relatar ainda. Agora precisamente estou aqui no Nepal e me preparando para ver o Everet de pertinho, espero sobreviver ao pequeno avião que vai nos levar até la!
Continua...
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