sábado, 30 de julho de 2011

Viajando pelo Equador by Fê!

Faz algum tempo que decidi ter como destino um país que hoje posso dizer que é maravilhoso: o Equador! Muitas pessoas questionaram:

O que você vai fazer nesse país?
"O que tem lá?”

Hoje posso responder esta pergunta sem pestanejar, mas gostaria que as pessoas não tivessem esses pensamentos e preconceitos sobre os lugares do mundo!

Para mim não importa o que eu vou encontrar, se tem pobreza, violência, comida boa, bons hotéis e banheiros dignos, o importante é simplesmente se deparar com o novo, com ideias novas, pessoas que pensam e vivem diferente daquilo que para nós é o normal e natural.

Viajar é muito mais do que pisar em locais paradisíacos, viajar é quebrar barreiras, é se libertar de ideologias pré-concebidas, é descer do salto e cair de cabeça em novos costumes, culturas, sensações, medos! É ficar com dor de barriga porque comeu algo que não fez bem (UFA!), é dormir em camas nada confortáveis e poder dizer que pagou R$10 pela noite, é tomar uma Coca quente por R$0,50 e também é subir o maior vulcão do mundo em atividade, perder os sentidos, a respiração e vencer os limites do próprio corpo e no fim se emocionar diante de algo tão grandioso e gritar com o ar que restou: Valeu a pena! Valeu MUITO a pena!

O que dizer de Galápagos? É uma sensação única, aqueles animais, aquelas ilhas e coisas que você só pode encontrar lá! Iguanas, pássaros com patas azuis, tubarões, tartarugas marinhas e terrestres, leões marinhos, pinguins, pelicanos, pássaros de toda espécie... Há várias maneiras de desfrutar as ilhas, tudo depende do bolso e do gosto!

São muitas ilhas, quem quer ir mais longe, apenas fazendo cruzeiros (para quem tem estômago bom e muito dinheiro no bolso), mas há opções mais em conta de 3, 4, 5 ou mais dias que você pode contratar na hora em alguma agência ou guias (SEM PROBLEMAS), não há limite de pessoas na ilha, quem mora na América do Sul paga U$ 50 para entrar, quem não é U$ 100 (ufa, ainda bem que somos brasileiros). Tirando os passeios tudo é muito barato, principalmente as refeições.

Ficamos cinco dias e achamos que poderíamos ter ficado mais! Coisas para fazer não faltam! Dois itens mega necessários na mala são as galochas (você irá precisar, acredite) e o Dramin, demora muito entre uma ilha e outra, a coisa mais comum é ver o pessoal passando MUITO mal!

Deixamos Galápagos e fomos ao continente esperando ansiosamente pelos segredos do Equador.

A maior cidade do Equador não é a capital (Quito), é uma cidade chamada Guayaquil. Reserva algumas coisas bem interessantes como o Malecón, Parque Simon Bolivar (das iguanas) e o Cerro Santa Ana com seus quase 500 degraus. Essa parte turística é bem bonita e interessante.

Partindo rumo ao sul passamos por Cuenca, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Sua arquitetura é espetacular e as pessoas que vivem lá, em sua maioria indígenas, são extremamente amáveis.

Pegamos um ônibus um tanto diferente em direção a Alausí, uma cidade mega pequena de onde parte o passeio de trem até o Nariz Del Diablo e os passeios à Laguna de Ozogoche e ao vulcão Chimborazo, tudo maravilhoso. A altitude traz algumas complicações ao cérebro de qualquer viajante despreparado e que costuma viver abaixo de 2.000 m de altitude!

Em Baños, pudemos fazer o rota das Cascatas, adentrar em umas termas e avistar o vulcão Tungurahua, lindíssimo por sinal.

Rumo ao norte, passamos pelo Parque Nacional Cotopaxi e subimos com muita dificuldade até o refúgio do vulcão. Sensação única! Mistura de dor física com um êxtase em estar nessa maravilha da natureza (para descer não resisti a uma bike e fiz um dos melhores passeios pedalando da minha vida) .

Do Cotopaxi, seguimos até a capital, Quito, e pudemos vivenciar momentos incríveis com nosso guia indígena Chazky, que nos levou ao centro histórico de Quito, à Otavalo, laguna de Cuicocha, termas de Papallacta, Metade do Mundo, dentre outros lugares incríveis. Precisaria de muitas e muitas páginas de blog para contar sobre tudo que pude vivenciar neste país riquíssimo de tudo, pessoas, paisagens, etc e muitas etc.

Fomos do 0m aos 6.000m, dos mais de 30°C a sensações térmicas abaixo de zero, do sol à neve, da chuva ao vento, do mar à lama, de avião, de barco, de trem, de táxi, de ônibus, de carro ou a pé!

Sempre que me perguntaram qual a melhor sociedade para se viver (capitalista ou socialista), eu respondia com certa dúvida: “a indígena”, hoje eu respondo com muita certeza que a melhor sociedade para se viver é a indígena! Chazky obrigada pelos seus ensinamentos sobre a vida!

Depois daqui ainda fomos à Colômbia, mas isso fica para o próximo post!!!

Diretamente do Planeta Terra: Fernanda Lopes Sortanji

(Obrigada a viajante Iara por me deixar publicar em seu blog mais uma vez)

________________________________________________________________________

Geoiarinha coments:

1) Amei o Post e com certeza viajei com você no seu relato, obrigada pelo post!

2) Quero conhecer o Equador em um futuro próximo.

3) Eu também acho que a cultura indígena é a mais rica de todas!

Um comentário:

  1. Legal Fê!!!Concordo com vc em gênero,número e grau que as pessoas mais interessantes com as quais convivi parcos vinte(20)dias foram os Kayapós,Aldeia Krokaimoro,em São Félix do Xingú(PA).Eis o relato de uma vivência:Ví uma menininha sentada no chão brincando com uma arara vermelha e pedí à tradutora que perguntasse à indiazinha de quem era aquela arara???Indiazinha respondeu: - Ela está aqui agora comigo,ela é minha e da floresta.Precisamos aprender muito com eles qdo o assunto é natureza!!!Abçs,Zé.

    ResponderExcluir