sábado, 24 de março de 2012

Ser feliz ou não, eis a questão!

 "Singapura é perfeita, mas tem um problema: as pessoas não são felizes"

Essa foi a frase de um senhor adorável que conheci num avião. O ponto de vista do senhor que falou essa frase é de alguém que mora em Salvador de frente para a praia, ama o Brasil e conhece muito bem as paisagens do nosso território, tem família, tem muitos amigos, tem empresa própria e viaja sempre pelo mundo. Os laços culturais desse senhor no Brasil são no mínimo fortes. Quando ele chegou em Singapura e viu todo aquele desenvolvimento ele ficou encantado assim como eu fiquei. Mas o que esse senhor fez foi tentar se colocar no lugar de um nativo de Singapura e tentar imaginar como é viver lá, isso se chama empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro. 

Nesse exercício, ou seja, praticar a empatia é muito difícil porque você tem que anular os seus próprios conceitos prévios e imaginar que você vive lá do zero, como se estivesse começando tudo novamente. Mesmo para um exercício mental isso é difícil porque não conseguimos anular nossas experiências culturais prévias por muito tempo. Tudo isso para dizer que para quem tem como referência cultural, de amigos e familiar com o Brasil, nas condições muito similares aos do senhor de Salvador realmente as pessoas de Singapura não são felizes.

O que pensa quem escreve nesse blog?  Acredito que é perfeitamente possível sim ser feliz em Singapura, assim como em Bangkok, Hanoi, Jakarta, Phnon Penh, Manila, Kuala Lumpur, Hong Kong ou qualquer outra cidade do mundo DESDE que você tenha referências culturais, familiares e de amizade. Sem esses três pilares fica muito difícil ser feliz. Se um indivíduo se sente motivado a cada dia que acorda com esses 3 elementos, será feliz em qualquer lugar deste planeta.

Eu não consigo me ver feliz em Singapura porque meus laços com o Brasil são muito fortes em todos os sentidos possíveis e imagináveis. O senhor de Salvador também não consegue se ver feliz em Singapura, por isso ele falou aquela frase. A psicologia explica que se você não consegue se adaptar ao meio você precisa procurar um lugar que se adapte a você. Quis o destino que eu me adapatasse bem ao Brasil e não preciso procurar um outro lugar para viver minha vida e ser feliz. 

O lugar perfeito não existe, todos para mim tem pontos positivos e negativos, saber lidar com ambos e tendo os 3 pilares você consegue viver muito bem em qualquer lugar, é o meu ponto de vista. Não adianta ter família de um lado, amigo do outro lado do planeta, e a cultura em outro país...os 3 lementos espalhados pelo mundo não dão coesão ao indivíduo, meu ponto de vista. Conheci muitas famílias de estrangeiros morando no Brasil e super felizes, ou seja, se adaptaram ao Brasil.

Talvez eu pudesse ser feliz em outro país, mas pelas minhas viagens pelo mundo só me fazem chegar a conclusão. Quanto mais eu viajo mais eu amo Brasil, mais eu sinto orgulho do nosso território, mais eu me emociono quando vejo as Cataratas do Iguaçu na minha frente junto com minha família. No avião de volta ao Brasil, o avião passsou pela região dos lagos no Rio de Janeiro, eu quase chorei de emoção. O Rio de Janiero, aquela baía de Guanabara, a Amazônia, a Mata Atlântica, as praias infinitas e lindas. É algo que não consigo explicar porque simplesmente é o meu país onde eu cresci e aprendi a amar e que eu ensino.

Aprender e ensinar sobre o Brasil não são tarefas fáceis, mas que me gratifica e me motiva a cada dia, por isso  e outras coisas me considero uma pessoa feliz, e o senhor de Salvador também!

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