Novas aventuras pelo interior do Brasil!

Estou de volta à terra da garoa, sampa! Voltei animadíssima para falar sobre cidades médias de grande porte. Conheci Uberlândia uma cidade com 634 mil habitantes segundo o censo 2000 que fica em Minas Gerais, terra do pão de queijo e doce de leite. É um centro regional importante e a segunda maior cidade caracterizada como centro regional depois de Campinas. Campinas e Uberlândia são centros regionais importantes localizadas bem longe das regiões metropolitanas.

Segundo o IPEA os centros regionais crescem mais que as regiões metropolitanas, um centro regional está um nível acima de uma cidade média típica que varia de 100 a 500 mil habitantes e se caracteriza por diversidade das atividades econômicas, tanto no meio rural quanto industrial e de serviços e influenciando as cidades vizinhas menores.

Uma coisa curiosa, tem muitos vôos de São Paulo para Uberlândia, descobri cias aéreas que eu nunca tinha ouvido sequer falar. Eu só sabia que a Tam e a Gol operavam alí mas como decidi ir de avião de última hora eu achei um preço ótimo pela Passaredo....um colega me disse que a cia é conhecida também como "Passamedo" hehehe

É uma avião bimotor embraer 120 que cabe 30 pessoas, o menor que já viajei na vida....hehehe São 3 lugares por fileira! Como não conhecia não fazia idéia onde era o guichê desta pequena cia aérea no aeroporto... Eu morri de rir quando reparei que o guichê dessa cia fica do lado da britsh airlines e de frente para a alitalia e iberia...hahahaha A localização do guichê ao menos é digna!

Eles operam de Sampa para Uberlandia de manhã, de tarde e de noite e pelo menos pude perceber que todas as poltronas estavam ocupadas. Não é muito agradável voar perto da asa, a cadeira treme muito e sem contar que dá aquela sensação de frio na barriga como se fosse uma descida de uma montanha russa. O serviço de bordo deles é muito bom, o lanchinho é melhor que o da Gol. Mas uma professora geógrafa argentina, Ana, que estava ao meu lado passou muito mal a ponto de vomitar! Pra ela não foi uma viagem tranquila! hehehe

Fiquei com medo da volta...meu amigos voltando de Gol e eu de "Passamedo" até que conheci o pai de um amigo meu que me tranquilizou, ele me disse que a ponte aérea SP-Rio operou mais de 30 anos com o bimotor embraer 120 e nunca teve um acidente. Ele me explicou que se um motor pifar o outro motor segura numa boa até pousar mas que se uma turbina de um foker ou airbus pifar a queda é livre...hahaha Na volta fiquei mais calma e pedi pra me colocar longe da asa pra não sentir tanto a tremedeira. Enfim, sobrevivi e estou aqui contando no blog...hehehe e apesar de ser a minha primeira experiência num bimotor eu voaria novamente numa boa.

Os aviões bimotores são muito usados no Brasil por cia aéreas pequenas porque tem um custo baixo, são seguros e cabe 30 pessoas ou menos. Descobri que tem uma cia aérea que se chama Air Minas que opera em poucas cidades mas voa pra São Paulo também. Na amazônia eu sei que tem a cia aérea chamada RICO que os meus amigos de lá denominam de "RISCO" hehehehe que é bimotor também e que percorre no meião da amazônia onde estão várias cidades.

Outra cia pequena que opera com bimotor é a Voetrip que voa para Fernando de Noronha. Ou seja, pelo menos já vou me acostumando em aviões bimotores até chegar o grande dia de conhecer esse importante e mais lindo arquipélago brasileiro e talvez um dos mais lindos do mundo!

É engraçado como o ser humano tem medo daquilo que não conhece......mas é da natureza humana. Agora eu recomendo voar em aviões pequenos! hehehe

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." (Platão)

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela." (Charles Chaplin)

Observação: Esqueci de contar aqui uma situação interessantíssima que presenciei em Uberlândia. Lá quando você está no shopping e vai num restaurante você pega a comida e não paga logo em seguida como seria o normal aqui em São Paulo. Lá você se senta em alguma mesa na enorme praça de alimentação e paga depois que terminar de almoçar. Aqui em Sampa jamais funcionaria isso, as pessoas iriam embora sem pagar. Eu perguntei ao caixa se eles não tinham medo da pessoa ir embora sem pagar, ele disse que não, as pessoas sempre pagam. Amei isso, até uma geógrafa belga estranhou também. Achei isso muito desenvolvido! Parabéns para a cidade e para o simpático povo mineiro, eles são fofíssimos!