Experiências Culturais Parte 1 - Paris

Viajar pemite um aprendizado tão grande mas tão grande que na minha opinião faz a gente ser mais humilde, ser mais sensível com as pessoas...enfim sermos mais humanos.

Inspirada no post da Deia sobre a estupidez - falta de sensibilidade das pessoas - que ela encontra muito em Paris eu resolvi aderir ao movimento e relatar "causos".

Vamos começar por Paris mesmo. Eu adoro me perder e perguntar para os locais como fazer para chegar nos lugares. É uma boa maneira de ver como as pessoas te tratam!

Sempre ouvi dizer que se você não fala francês em Paris as pessoas nem olham na tua cara. Como eu falo o básico de francês eu logo quis usar meus conhecimentos para pedir indicação no metrô...eis que a francesa percebendo minha dificuldade ela começou a falar em inglês...eu tomei um susto! Eu falei em francês que entendia francês e que ela podia me indicar o caminho certo em francês... Até que ela foi simpática...talvez eu que tenha sido um pouca grossa com ela. Na segunda vez que fui pra Paris, o RER estava em greve e eu estava perdida com uma família de sul coreanos no metrô. Eis que avistei um LINDO francês (que também dizem que é raro isso!). Fui e fiz questão de pedir indicações ao rapaz em francês...eis que ele me respondeu em espanhol! Perguntou de que parte da Espanha eu era...hahahaha (Tudo bem que 50% de mim é de origem espanhola...será que está tão claro assim?...na Espanha muitos me perguntaram se eu era portuguesa..arghhh será que sou tão feia assim? hehehe) Mas como ele era tão simpático e lindo eu nem me incomodei de falar em espanhol com ele...rs! Nesses dois exemplos, até que eles foram simpáticos comigo, se preocuparam em falar outro idioma..aparentemente normal.

Mas, porém, contudo e entretanto há o outro lado da moeda. Eu precisava chegar na casa da Deia e ela me passou as indicações do ônibus, onde descer e tal. Preocupada em me passar todos os detalhes do caminho eu em determinado momento disse: "Tudo bem deia, já entendi mas qualquer coisa eu pergunto para o motorista"....Eis que a Deia disse:"Iara, aqui não rola perguntar para o motorista".

O pior é que antes dela me falar isso eu já havia perguntado para o motorista qual a parada X que eu precisava descer e o motorista tinha sido super grosso e não me falou onde era o lugar. Na hora não tinha caído a ficha, demora pra gente perceber que não está no Brasil.

Aí que eu entendi qual a definição de motorista:1 Pessoa que dirige um veículo motorizado. 2 Pessoa que dirige um automóvel.

Literalmente o motorista não está lá para ajudar uma pessoa perdida.Esse é o jeito europeu de tratar as pessoas. Para nós brasileiros, isso é muito chocante. Assim eu percebo que temos muito mais vantagens por sermos brasileiros, em geral somos muito simpáticos com as pessoas, até demais, se deixar carregamos a pessoa no colo só para ajudá-la.

Para fazer um contra-ponto, em novembro do ano passado eu estava sozinha meia noite no terminal de Niteroi e precisava descer no centro do Rio de Janeiro para ir ao hotel que eu estava hospedada. Com um monte de gente "estranha" alguns bêbados e drogados no ônibus, quando eu perguntei para o motorista qual o ponto mais próximo do hotel. Ele não só me indicou como desviou um pouco do caminho dele e esperou eu entrar no hotel e ainda me deu um tchauzinho, olha que simpatia...Isso é BRASIL!

É por isso que aqui no Brasil se diz muito que os europeus são grossos......me parece ser a regra mesmo porém como toda regra há exceções!