quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Barco de Porto Velho a Manaus: Parte 4

Continuando sobre essa incrível viagem, posso dizer que foi a minha viagem mais longa com paisagens lindas e histórias de pessoas incríveis. Foram 4 dias de viagem, num total de aproximadamente 84 horas. Quando alguém me falar que uma viagem é demorada eu vou me lembrar dessas 84 horas...hehehe Agora 9h, 15h de viagem é fichinha pra mim!!!! Essa foto é uma de tantas que tirei, foram 4 dias observando as casinhas das populações ribeirinhas. Há muitos ribeirinhos e casinhas dos mais diversos tipos. 
Claro que também teve um lado B, o barco estava com excesso de carga desde a saída em Porto Velho. Quando chegou na primeira cidade, Humaitá já no estado do Amazonas para minha surpresa entraram mais passageiros e mais carga. Não estava acreditando no que via! hahaha

Mas para minha alegria temporária logo chegou um barco policial com a sirene parando a nossa balsa, eu fui lá ver bem de perto o que estava acontecendo. Nossa balsa foi multada por excesso de peso e deveria retirar a carga até o limite de segurança autorizado pela marinha brasileira. Foram 5 horas parados no rio em Humaitá para nada. Aconteceu a seguinte situação: a dona contratou um barco e começou a retirar as batatas e até alguns passageiros ajudaram para ir mais rápido, mas assim que os policiais foram embora adivinhem....sim, colocaram as batatas novamente no barco! Eu simplesmente não acreditava na situação, pensei comigo, seja lá o que Deus quiser! Passou na minha cabeça como eu deveria proceder no caso do barco afundar, me agarrar no colete junto com minha mãe e esperar chegar na margem ou ser devorada pelas piranhas ou jacaré. Ao menos eu morreria junto com minha mãe! hehehe Dava muito medo quando pela madrugada chovia forte mas graças a Deus sobrevivemos, foi muito bom pisar em terra firme!

Essa foi uma das coisas que mais gostei de ver e saber que existe no meio do rio Madeira. A foto mostra uma área de garimpo, extração de ouro, são verdadeiras fortalezas, ninguém nem se atreve a chegar perto deles, eles são como se fossem máfia, ninguém mexe com eles e a estrutura dentro é muito luxuosa, embora olhando de fora não parece. Uma grama de ouro vale 90 reais, eles tiram toneladas, tem aviões particulares e tudo mais. Quem me contou isso foi o marinheiro super paciente em me explicar tudo o que eu perguntava!

Esse mesmo marinheiro me explicou que a balsa não tinha como afundar, era muito segura e que os barcos vão com excesso de peso mesmo, é normal! Para minha cabeça paulistana, e portanto chata, é duro aceitar essa situação.

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