O título do post até formou uma rima, é que essa semana fiquei pensando e comemorando para mim mesma um ano que conheci esse arquipélago isolado no oceano Pacífico. Sempre assisti documentários e reportagens sobre o Havaí e me chamava a atenção a maneira pela qual as pessoas falavam de uma energia....um "algo diferente" que só tinha no Havaí. Os vídeos da Fernanda Keller no Havaí em especial me fizeram entender um pouco do amor que ela tem pelo Havaí, mas só pisando lá que tudo fez sentido.
Bom, do ponto de vista prático e econômico é uma viagem cara e distante do Brasil, mas morando no Japão...a coisa muda de figura no quesito distância e ter uma amiga que te hospeda numa varanda maravilhosa com vista para a cratera do Diamond Head como na foto ao lado, aí a viagem fica perfeita. Eu pude perceber que os japoneses adoram passar férias no Havaí, é impressionante a quantidade de japoneses lá. Há uma versão japonesa do Havaí que se chama Okinawa e que inclusive tem essa denominação, "Okinawa - o Havaí do Japão". O fato é que os japoneses gostam e vão muito ao Havaí, eu vi muitos deles, por instantes até achava que estava no Japão. Um brasileiro me falou que eu tinha que conhecer Okinawa senão eu não teria visitado o Japão...mas por que não conhecer o Havaí de verdade?
Outro fato interessante, não vi brasileiros que vivem no Japão tendo como destino o Havaí e nem ao menos é destino típico deles por várias hipóteses que eu imagino: talvez por ser um destino caro, talvez pelo fato de ter que ter visto americano e talvez porque muitos brasileiros no Japão estão com família. As prioridades dos imigrantes brasileiros no Japão são outras. Porém, visitar o Parque da Universal em Osaka já é mais popular entre os brasileiros que tem filhos, faz mais sentido.
Agora o Havaí, esse lugar faz todo o sentido para Geoiarinha e conhecer esse arquipélago americano foi mágico, as pessoas que conversei, as pessoas que eu observava nas ruas..era visível que existia algo mais próximo da felicidade plena cercada de praias lindas, vulcões e florestas. Fiquei muito impressionada de ter conhecido em 12 dias mais especificamente só a capital Honolulu. Isso tudo foi possível porque o universo conspirou a favor, ter uma amiga que mora em Honolulu e te convida fazendo propaganda de milhares de hikings e trekkings, foi como criptonita, não pude deixar essa parte do globo sem conquistar com meus próprios pés, olhos e coração aberto. Sou muito grata a Mi do Havaí que me recebeu junto com o marido e me apresentou tão maravilhosamente as praias e lugares, as indicações foram as melhores possíveis. Tenho gostado muito de conhecer lugares onde amigos moram, é outra categoria de viagem. As dicas de quem mora não cabem num guia, são coisas bem específicas e singulares.
As recomendações para quem vai para Honolulu é alugar carro, minha amiga me indicou também, mas como esqueci minha carteira de habilitação do Brasil....tive que dar o meu jeito geoiarinha de ser: Transporte público e sola de tênis além de mochilinha, óculos, boné e protetor solar. Foi ótimo, há um passe de ônibus que custava 5 dólares e você podia usar a vontade um dia inteiro atravessando toda a ilha de Oahu. Quando eu comecei a analisar os vários mapas das regiões que o sistema que se chama "THE BUS" que atende toda a cidade de Honolulu, fiquei impressionada. O horário dos ônibus eram bem pontuais nos pontos, ar condicionado e poltronas confortáveis.
Me inscrevi no "meetup" um site de eventos que acontecem na cidade e um deles era de um grupo de corredores que estavam no treino final pré-maratona do Havaí. Fiquei morrendo de vontade de correr essa maratona, me ascendeu aquele desejo de um dia voltar a correr os 42 Km em Honolulu. Quem sabe no meu projeto 40 ou 42 anos de idade, 42Km em Honolulu! Conheci uma lenda da maratona, um senhor que não me lembro o nome, que sempre termina em último lugar e ele disse que não precisa ter pressa em terminar, precisa terminar em paz, tranquilo e ser feliz. Não é demais isso? No melhor jeito Aloha de ser, foi aí que meu desejo voltou a pulsar. Além disso, nesse contexto todo, conheci duas pessoas maravilhosas, uma americana da Califórnia e um americano que vive em Honolulu nesse treininho de corrida. Eles me levaram para conhecer muitos lugares maravilhosos e são apaixonados por trilhas assim como eu.
A cia aérea de low cost Air Asia opera com vôos diários de Osaka para Honolulu e pelo que pude perceber é a mais barata dependendo da época do ano, o meu ticket de ida e volta custou 300 dólares sem a taxa da mala. Não despachei bagagem, fui apenas com uma mochila nas costas de 7 Kg, esse é o limite máximo da bagagem de mão da Air Asia. Foi um exercício de levar apenas o necessário e deu super certo. Eles pesam sua mochila para ver se está dentro dos 7 Kg, no Japão eles são rigorosíssimos nesse quesito, ao menos a Air Asia foi.
Eu não aluguei carro, mas a americana que conheci tinha alugado carro por USD 15 por dia em Honolulu, achei ótimo. Numa próxima vez se eu não esquecer a carteira de habilitação, vale a pena alugar carro.
A comida havaiana é algo apaixonante, não achei tão cara quanto eu imaginava, não sei também se minha referência de custo de vida no Japão influencia, mas tem preços bem pagáveis e uma diversidade gastronômica absurda. Uma coisa que gostei muito nas praias do North Shore são os lugares tipo quiosques de comida saudável, sanduíches maravilhosos, suco natural olhando aquelas praias lindas, uma atmosfera havaiana mesmo.
Ainda fui num show do Eagles com show de entrada do Jack Johnson no Aloha Stadium. Então, fazendo um balanço geral, conhecer o Havaí foi mais surpreendente do que imaginei anteriormente. O termo ALOHA é lindo, você escuta a todos os momentos como saudação, agradecimento, despedida. Para os habitantes originários dalí esse termo se relaciona a uma conexão com a natureza e transmite um amor para equilibrar a vida. Então falar aloha está muito ligado a transmitir amor para as pessoas do tipo, seja feliz, você vai conseguir independente dos obstáculos.
Essa conexão que existe no Havaí com a natureza será inesquecível para mim, fiquei apaixonadíssima por essa conexão. É uma energia que não tem em outro lugar, mais uma vez, é difícil explicar em palavras mas quando você está lá, você simplesmente sente. Meu ano sabático de 2018 não poderia ter fechado de um jeito diferente. Lá no Havaí entendi que trabalhar, cuidar da saúde, se divertir e ser feliz são possíveis. A vida não pode ser só rotina de trabalho exaustiva por um dinheiro no final do mês que serve para comprar coisas e mostrar para os outros o que você tem e faz. O Havaí me ensinou e ainda continua me ensinando que é importante ter equilíbrio na nossa vida e ser feliz! O lance de não ter pressa também me chamou a atenção, as coisas vão acontecer no tempo certo.
Essa pausa que fiz no Japão foi maravilhosa até para eu entender melhor o Japão, o quanto falta Aloha para pessoas. Ainda bem que muitos vão lá aprender assim como eu fui! Sinto que terei que voltar ao Havaí para aprender mais....hehehe Preciso entender melhor esse equilíbrio! Espero que tenham gostado desse post e desejo para quem chegou até aqui ALOHA!
Natureza, Paz e Amor ...o que mais precisamos?
Aloha, Iarinha!Quando terminarmos nosso doutorado, combinaremos nossa viagem ao Havaí!!! Que tal?
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